A Petrobras manteve seus planos de investimentos bem próximo do volume que havia sido aprovado em março pelo seu conselho de administração e anunciou ontem que, entre 2010 e 2014, investirá US$ 224 bilhões, dos quais US$ 212,3 bilhões no Brasil e US$ 11,7 bilhões - somente 5% do total - em sua área internacional.

O volume representa média de investimentos de US$ 44,8 bilhões por ano.
Em março deste ano, o conselho de administração havia aprovado que o novo montante do plano ficasse entre US$ 200 bilhões e US$ 220 bilhões. O novo plano representa aumento de 28,4% sobre os US$ 174,4 bilhões previstos anteriormente para o período 2010 - 2013.

Na sexta-feira, o conselho de administração da Petrobras aprovou este valor, mas deixou a expectativa de quando o mercado conheceria os números, já que a Petrobras está em período de silêncio devido ao seu processo de capitalização. O plano de investimentos da estatal é um dos pilares que determinam o valor da capitalização. O outro pilar será a cessão onerosa de 5 bilhões de barris do governo.

O novo plano de negócios da Petrobras trouxe mudanças significativas de rumo em algumas áreas de atuação da companhia. Além do etanol, que passará a crescer por conta de aquisições, houve alterações nas estratégias para as operações internacionais e para a área de gás e energia. No primeiro caso, houve também grande redução de investimento, que caiu de US$ 16 bilhões no plano anterior para US$ 11,7 bilhões no plano atual.

"Estamos nos concentrando nos projetos que dão retorno de curto prazo e avaliando o que fazer com os outros, de prazo mais longo", afirmou o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. O objetivo é focar os esforços no desenvolvimento de operações no Brasil. Novos projetos de refino no Exterior foram totalmente descartados e há planos de vender participações em blocos exploratórios em outros países.