Esportes Titulo Ramalhão
Andreenses destacam boa atuação diante do Santos

Jogadores exaltam postura que parou o Santos, mas
lamentam desatenção no segundo tempo da partida

Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
26/04/2010 | 07:01
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No vestiário do Santo André após o jogo, o clima não era de decepção. Alguns jogadores mostravam-se cabisbaixos, como o zagueiro Toninho, que acabou expulso e desfalca o Ramalhão no segundo confronto diante do Santos. Mas a grande maioria passava discurso positivista, sobretudo após a equipe mostrar na primeira etapa como é possível parar o Peixe.

"Infelizmente, o time relaxou no começo do segundo tempo e o Santos conseguiu fazer os gols, mas mostramos ser possível vencê-los. E o (segundo) gol dá esperanças", destacou o atacante Rodriguinho, autor do segundo tento andreense ontem, seu 15º no campeonato - agora apenas um atrás de Ricardo Bueno, do Oeste.

Segundo o jogador, a postura adotada pelo Ramalhão em não só marcar o Santos como também atacá-lo, foi fundamental e é algo que deve ser mantido para o segundo duelo. "Mostramos que nossa equipe tem qualidade. No segundo tempo demos bobeira, o Santos nos engoliu e mandou no jogo durante aqueles 15 minutos, mas temos total capacidade de no segundo jogo conquistar o título", disse Rodriguinho.

Aliás, o mau momento no início da segunda etapa foi o principal discurso dos atletas andreenses. "A gente alertou no intervalo que deveria voltar com a mesma atenção ao time deles, porque viriam para cima. E em dois vacilos nossos eles viraram o jogo", comentou o atacante Nunes. "Pecamos em não entrar ligados na segunda etapa como fizemos na primeira", emendou o volante Alê.

Com opinião que visava mais destacar os acertos andreenses do que os erros, o técnico Sérgio Soares não poupou elogios à equipe pela partida que fez. No entanto, adiantou que tem trabalho a fazer e detalhes a acertar durante a semana. "Fizemos grande jogo, mas não soubemos aproveitar duas ou três oportunidades claras no fim do primeiro tempo. Temos de ser mais eficientes na hora de finalizar, porque o Santos teve três chances e marcou", disse o treinador. "Agora é correr atrás do prejuízo. Só trabalhando vamos reverter essa situação", emendou Nunes.

É POSSÍVEL - Na segunda partida, domingo, novamente no Pacaembu, o Santo André necessita vencer por, no mínimo, dois gols de diferença. Segundo Sérgio Soares, não é uma missão impossível, independente de o adversário ter um ataque que já provou ser muito ofensivo. "A gente sabe que não tomar gols do Santos é difícil, mas provamos que também podemos fazer gols neles."

Para o volante Alê, o Ramalhão não pode se dar por vencido, já que existe a possibilidade de reverter a vantagem santista. "O nosso time é jovem, como o deles também é. Não estamos acostumados a decidir, mas ainda temos mais 90 minutos para brigar por esse título", concluiu o jogador. A única baixa para o segundo duelo será o zagueiro Toninho, suspenso.

Sérgio Soares e atletas reclamam da arbitragem

Não apenas a boa atuação andreense e os erros cometidos foram motivo do discurso andreense nos vestiários do Pacaembu. O árbitro Paulo César de Oliveira também foi alvo de críticas pela falta de critério em alguns lances, por não dar alguns cartões a atletas santistas e pela expulsão do zagueiro Toninho, que o tira da segunda partida da final estadual.

"Não gosto de falar de arbitragem, mas ele (árbitro) errou em alguns lances capitais. O Arouca fez diversas faltas e não levou amarelo, o Neymar se jogou dentro da área e também não tomou, assim como o Robinho chutou a bola depois do apito e não aconteceu nada, enquanto o Toninho foi reclamar e recebeu", disse Sérgio Soares.

A crítica sobre os cartões para Neymar e Robinho são mais intensas porque se ambos recebecem o amarelo estariam suspensos para a partida da semana que vem. "Ele (árbitro) deveria sim ter dado cartão para o Neymar", cobrou o volante Alê.

O atacante Nunes guarda más recordações de outro jogo contra o Peixe, apitado pelo irmão de Paulo César, Luís Flávio de Oliveira - no duelo válido pelo Brasileirão do ano passado, o árbitro não deu cartão a Fábio Costa após o goleiro ter dado carrinho violento em Gustavo Nery no primeiro tempo; já na segunda etapa, o camisa um santista também foi desleal num lance contra o próprio Nunes, que ao reclamar acabou expulso - e ontem ficou na bronca com Paulo. "O Edu Dracena fez falta durante o jogo todo, me segurou, e ele não deu cartão. O Toninho fez uma falta muito semelhante (segurou André) e ele o expulsou", criticou o jogador.

A decepção pela expulsão foi tão grande que Toninho deixou o vestiário rapidamente e, visivelmente, triste por ficar fora da segunda e decisiva partida do Paulistão.




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