Cultura & Lazer Titulo Teatro
'Eternos Vagabundos' valoriza a amizade
Julio Ibelli
Especial para o Diário
10/10/2008 | 07:09
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E o mesmo Beckett serve como base para a pesquisa de Eternos Vagabundos, que estréia temporada domingo no Sesc Santo André. Apesar de infanto-juvenil, o espetáculo é recomendado para todas as idades.

"É uma peça existencialista para crianças", diz a diretora Pamela Duncan. "Para Sartre, o que importa são as relações." E Beckett fala de um homem só, sem deus. "É isso: a gente tem de ser legal com o outro não porque vai ser punido, mas pelo valor da amizade."

Mas, em se tratando do dramaturgo irlandês, o tema está de longe de ser simplório. Em Eternos..., dois clowns dividem o mesmo espaço debaixo da ponte e preenchem o dia com brigas, armadilhas e jogos para dar um sentido à vida.

A encenação questiona a fuga do cotidiano. Se a repetição de situações é uma espécie de crítica à robotização do dia-a-dia, a Lua (com "L" maiúsculo, já que é um personagem) surge toda noite como um fio de esperança para Clown A e Clown B.
É o terceiro espetáculo d'A Peste, Cia. Urbana de Teatro, de São Paulo, que tem cinco anos. O teatro físico-visual deles está mais uma vez presente, o que é garantia de pouco texto e bastante uso do gestual.

Além de Becket (Esperando Godot), são citados como influência O Gordo e o Magro e o filósofo francês Jean-Paul Sartre.

Eternos Vagabundos - Teatro infato-juvenil. No Sesc Santo André - r. Tamarutaca, 302. Tel.: 4469-1200. Domingos e feriados, às 16h, até 11 de novembro. Ingr.: R$ 3 (inteira), R$ 2 (usuários do Sesc, idosos e estudantes) e grátis para comerciários matriculados e dependentes.

 




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