O selo grau de investimento obtido pelo Brasil deu fôlego redobrado ao mercado doméstico ontem, permitindo a superação de várias marcas históricas tanto no mercado de ações quanto no de câmbio.

O Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo) – que mede o desempenho das ações mais negociadas no País – renovou o recorde de pontuação, ao fechar aos 69.366,4 pontos, em alta de 2,21%. A alta chegou a 6,41% na semana.

Também foi recorde o volume financeiro (sem considerar os dias de vencimentos), de R$ 11,088 bilhões. Os juros futuros, impulsionados com a perspectiva de entrada de recursos estrangeiros para ativos de renda fixa, mudaram radicalmente o humor.

Um fluxo intenso de aplicações derrubou as taxas de longo prazo, em um pregão de forte volume de negócios. O contrato com vencimento em 2010 fechou a 13,57%.

Já o dólar à vista negociado no mercado de balcão recuou 0,78%, cotado em R$ 1,65, o menor nível desde 10 de maio de 1999. A moeda acumula queda de 1,02% na semana.

OTISMISMO

Além do grau de investimento, o clima de euforia que tomou conta da Bolsa motivado por bons número do mercado de trabalho norte-americano, que se retraiu menos que o esperado em abril, com a supressão de 20 mil postos de trabalho, levando alívio aos mercados financeiros do mundo.

A taxa de desemprego caiu para 5% da população economicamente ativa, contra os 5,1% registrados no mês anterior, informou ontem o departamento do Trabalho.

Embora tenha sido a quarta queda consecutiva do nível de emprego, as cifras foram uma surpresa agradável para os analistas, que previam uma redução de 75 mil empregos – após os 81 mil suprimidos em março – e uma taxa de desemprego da ordem de 5,2%.

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