Política Titulo Compromisso
Padilha promete 479 moradias por dia

Candidato do PT ao Estado garante entregar 700 mil casas; União não cumpriu metade da meta

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
07/08/2014 | 07:00
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André Henriques/DGABC


O candidato do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha, prometeu ontem, em caminhada em Diadema, entregar 700 mil moradias pelo Minha Casa, Minha Vida em seu mandato caso seja eleito. Para cumprir a promessa, precisará inaugurar 479 unidades por dia ou 20 imóveis por hora.

Em cinco anos, o governo federal concluiu 1.735.605 residências, menos da metade do número contratado: 3.499.640. Além de dar celeridade ao ritmo de obras impresso pela gestão da presidente Dilma Rousseff (PT) – da qual ele fez parte como ministro da Saúde –, Padilha terá de achar áreas, principalmente na Região Metropolitana, para tirar as 700 mil casas populares do discurso.

Para cumprir a meta, o petista afirmou que irá destinar 1% da arrecadação com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para Habitação popular. Segundo ele, resultaria em R$ 1,8 bilhão para as obras habitacionais. “Moradia para mim não é feita só de tijolo, cimento, projeto e papel, é feita com organização popular”, discursou.

Ontem, Padilha esteve ao lado da bancada do PT na Câmara, do ex-prefeito Mário Reali e do secretário de Saúde de São Paulo e também ex-prefeito da cidade, José de Filippi Júnior. Ele visitou unidades da Nova Naval, no bairro Serraria, caminhou pelo Centro de Diadema e depois foi para São Bernardo, em atividade com candidatos a deputado do município.

Padilha também defendeu o correligionário e prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, que tem feito campanha para o candidato do PT ao governo do Estado durante expediente. O ex-ministro argumentou ficar “alegre e com sorte” por contar com a companhia de Marinho em suas passagens pelo Grande ABC.

Na terça-feira, durante visita de Padilha à montadora Ford, em São Bernardo, Marinho despachou na Prefeitura apenas até a hora do almoço. Por volta das 14h45, o petista já estava ao lado do postulante do PT ao Palácio dos Bandeirantes na busca pelo voto. O ato pró-Padilha terminou às 17h30, horário em que os servidores da administração já haviam deixado as repartições.

“A campanha vai ter de seguir o que tem de seguir. Eu tenho a alegria e a sorte de ter companheiros como o Marinho, o (prefeito de Santo André, Carlos) Grana, o (prefeito de Mauá) Donisete Braga dedicando parte de suas atividades (nas prefeituras) para me acompanhar”, disse Padilha, ao ser questionado se havia incômodo com o caso.

Anteriormente, Marinho já havia deixado os trabalhos na Prefeitura para acompanhar Padilha no corpo a corpo, na Rua Marechal Deodoro. A prática tem sido rispidamente criticada por juristas consultados pelo Diário, que alegam que a conduta é proibida e passível de processo por improbidade administrativa ao prefeito.




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