Setecidades Titulo Saúde
Despenca número de
casos de dengue na região

Redução foi de 89,5% nos sete primeiros meses do
ano em comparação ao mesmo período do ano passado

Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
22/08/2012 | 07:00
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Os casos de dengue tiveram redução de 89,5% na região nos primeiros sete meses do ano. Os números são comparados ao mesmo período do ano passado. De 391 casos autóctones (contraídos nas cidades), o índice caiu para 41. Nos dois períodos, não houve mortes.

A redução dos casos no Grande ABC superou o índice do Estado, que alcançou queda de 77%. O balanço foi divulgado ontem pela Secretaria Estadual da Saúde.

Diadema foi a cidade que obteve maior redução. Dos 391 casos registrados nas sete cidades, 69%, ou 272, foram contraídos no município. O número caiu para 15 no mesmo período deste ano. O cerco ao aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, foi intensificado do ano passado para cá. Entre as medidas está a criação de laboratório municipal, autorizado pelo Instituto Adolfo Lutz, da Capital. A sorologia feita no próprio município acelerou a queda no número de casos. "Fazemos os testes rapidamente e conseguimos descartar muitos casos.

Não perdemos tempo. Concentramos nossas equipes de combate à transmissão onde os casos são positivos", explica a coordenadora de Vigilância à Saúde da Prefeitura, Ester Dainovskas.

Além disso, o trabalho de prevenção foi reforçado junto à população. A cidade, que tem 100% de cobertura do Programa Saúde da Família, por meio de agentes comunitários, passou a contar com mais 14 agentes de endemia espalhados pelas unidades de Saúde. Eles acompanham as equipes que monitoram a saúde da população casa a casa e aproveitam para avaliar as condições de possíveis criadouros do mosquito. Nas residências é comum encontrar vasos com acúmulo de água parada e caixas-d'água destampadas.

O trabalho é feito durante todo o ano e intensificado antes do verão, período mais chuvoso do ano. "Independentemente do período, nunca abrimos mão do controle da dengue, inclusive em escolas, terminais de ônibus, borracharias e indústrias", explica a coordenadora.

SÃO BERNARDO

Em 2011, São Bernardo registrou 92 casos autóctones. Já nos primeiros sete meses deste ano o número caiu para 11. Assim como em Diadema, a Prefeitura atribui a queda, entre outros motivos, à ação dos agentes de Saúde que realizam inspeção nas residências. Por lá, são 1.200 agentes comunitários e de controle de vetores.

O inverno e a falta de chuva também dificultam a proliferação do mosquito. "Todas as ações de prevenção aliadas à variação climática favorecem a queda. Quando esfria, o mosquito não gosta e o índice diminui", esclarece a chefe da Divisão de Veterinária e Controle de Zoonoses da Prefeitura, Fabiana Paniágua.

São Caetano, que teve 16 casos autóctones em 2011, não registrou doentes neste ano. Mauá e Ribeirão Pires não tiveram incidência do mosquito. Já a Prefeitura de Santo André não enviou dados.

Do total de casos em todo o Estado, 31% estão concentrados na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Em 2012, foram contabilizadas 11 mortes nos 645 municípios de São Paulo.




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