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Calor aumenta procura por água nas bicas gratuitas

Moradores de outras cidades se deslocam e enfrentam filas para buscar líquido

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
13/02/2014 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O forte calor, com temperaturas acima da média, somado ao clima seco, intensificou a busca por água nas bicas gratuitas espalhadas pela região. Em visita a três pontos, nas cidades de São Bernardo e São Caetano, na tarde de ontem, a equipe do Diário constatou que em alguns casos há fila de espera para abastecer o galão.

O espaço mais disputado fica na altura do número 260 da Rua João Daprat, no Jardim Dalva, em São Bernardo. A bica de água oferecida pela empresa Termomecânica tem movimento intenso durante todo período de funcionamento, entre 6h e 20h. De acordo com funcionários do local, as altas temperaturas são responsáveis pela procura maior, principalmente no fim do dia e pela manhã.

O aposentado Adão Coelho de Araújo Neto, 64 anos, precisou enfrentar fila de 15 minutos embaixo de sol forte para encher seus quatro galões de 15 litros. O morador do Parque das Nações, em Santo André, frequenta o local semanalmente. “Está faltando água em casa, como em todo lugar, mas a gente usa mesmo é para beber”, comenta.

Outra que encontrou movimentação intensa é a estudante Tatiana Ribeiro, 34. Pelo menos duas vezes por mês ela enfrenta a fila para encher seus galões. “Pego quase 100 litros porque levo pra minha sogra também. Uso para beber e para cozinhar”, revela a moradora da Vila São José, em Diadema.

Para a guarda-civil municipal Vera Soriano, 48, o calor observado neste verão faz com que as pessoas consumam mais água. Há cerca de 20 anos ela se desloca mensalmente do bairro Baeta Neves, onde mora, até a bica.

Ainda em São Bernardo, o Poço Independência, na Avenida Robert Kennedy, no Jardim Vera Cruz, funciona das 6h às 22h de segunda a sexta-feira, entre 8h e 17h40 aos sábados e das 8h às 11h40 aos domingos e feriados. “Trabalho na Avenida Piraporinha, em Diadema, e venho buscar duas vezes por semana para consumir no meu estabelecimento”, destaca a comerciante Simeia Marques Fernandes, 34.

Em São Caetano, uma das fontes mais procuradas fica na Rua Sebastião Diogo, no bairro Boa Vista. De acordo com trabalhadores do entorno, a procura é maior aos sábados e domingos e no fim do dia. “Na sexta-feira tivemos fila de carros e espera de 15 minutos”, observa um deles.

Um dos frequentadores do local é o vendedor Ariel Pericles, 33. Apesar de morar no bairro São Mateus, na

Capital, ele prefere buscar água gratuita a cada duas semanas na região. “É uma água de qualidade. E percebo que já diminuiu o volume da água da torneira com essa história de racionamento”, revela.




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