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Para Lauro, plano do PV em SP é aventura

Prefeito de Diadema defende que sigla se alie a Alckmin em vez de lançar Natalini ao governo do Estado

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
02/01/2014 | 07:00
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Da AE


A pré-candidatura do vereador paulistano Gilberto Natalini a governador do Estado pelo PV não é vista com bons olhos pelo prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV). Segundo o diademense, apostar num projeto próprio ao Palácio dos Bandeirantes não é garantia de crescimento partidário. “Dou boa sorte ao Natalini. Mas, para mim, é uma aventura já mal-sucedida.”

Para Lauro, o PV precisaria costurar aliança com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição, e projetar ter mais espaço num eventual segundo governo do tucano. O chefe do Executivo de Diadema opinou que “o jogo certo” à sigla seria “trabalhar pela vice” de Alckmin ou pleitear aumento de representatividade na administração.

Hoje, o PV chefia a Secretaria do Estado de Recursos Hídricos, com o deputado estadual Edson Giriboni. A nomeação de Giriboni, aliás, possibilitou que Regina Gonçalves (PV), madrinha política do prefeito diademense, herdasse a cadeira por ser primeira suplente da legenda à Assembleia Legislativa.

“Sair candidato, como todo respeito ao vereador que teve 20 mil votos na última eleição, é aventura. É perder tempo. O PV não está preparado para lançar majoritário. O partido pode sair menor na disputa”, estimou Lauro.

Natalini foi o menos votado entre os vereadores eleitos pelo PV na Capital, com 26.806 votos. A bancada verde em São Paulo é formada por Roberto Tripoli (132.313 votos, o candidato com melhor desempenho na Capital), Dalton Silvano (39.304 votos) e Ricardo Teixeira (30.698 votos), além de Natalini.

PLANO FEDERAL

Além de costurar candidatura própria ao governo do Estado, o PV também estuda ter seu próprio presidenciável na eleição de outubro. Correntes da sigla entendem que o ex-deputado Fernando Gabeira teria condições de se candidatar à Presidência da República e liderar discurso ambientalista, principalmente após o fracasso da ex-senadora Marina Silva em emplacar a Rede Sustentabilidade – sem sua legenda, Marina migrou ao PSB para apoiar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, virtual postulante socialista na corrida presidencial.

Para Lauro, o PV não tem estofo político para uma candidatura majoritária nacional e teria, em 2014, de trabalhar para recuperar força eleitoral. “O PV vem perdendo bastante. Chegou a hora de o PV botar o pé no chão e reconstruir. Partido grande, forte e de grife. Colocar presidenciável não cresce partido”, comentou o chefe do Executivo de Diadema, para quem o PV hoje está mais próximo de caminhar ao lado de Campos na disputa nacional. “Mas tudo pode mudar ainda”, ressalvou.




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