Palavra do Leitor Titulo
O desafio da mobilidade

A mobilidade urbana na Região Metropolitana é o grande desafio a ser enfrentado nos próximos anos. A gravidade desse problema...

Dgabc
10/08/2012 | 00:00
Compartilhar notícia


Artigo

O desafio da mobilidade

A mobilidade urbana na Região Metropolitana é o grande desafio a ser enfrentado nos próximos anos. A gravidade desse problema ficou explícita em pesquisa divulgada pelo portal Mobilize Brasil no fim do ano. O levantamento colocou a qualidade das condições de transporte da cidade de São Paulo na lanterna entre nove capitais do País. Não é difícil encontrar as causas para esse verdadeiro apagão na mobilidade. Além da falta de investimentos em corredores de ônibus e em metrô, o que se viu em São Paulo ao longo dos anos foi a falta de visão para reconhecer a importância de modalidades alternativas e complementares de transporte.

Hoje, quem mora em São Bernardo e trabalha na região Sul de São Paulo gasta, em média, uma hora a cada viagem. Sistema de transporte hidroviário na Represa Billings conseguiria fazer o percurso, em média, em 21 minutos. Além da Capital e São Bernardo, seriam beneficiadas diretamente por esse sistema Santo André, Diadema, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires, onde o espelho d'água da represa, de mais 106 Km², também está presente. O número de possíveis usuários não é desprezível: apenas no Grande ABC moram cerca de 2,5 milhões de habitantes.

Economicamente, não há razões para não apostar nesse sistema. Os investimentos são consideravelmente menores do que os necessários à implementação de outras vias terrestres. Também o são os custos operacionais, uma vez que não há manutenção de sistema viário. Consideração importante é o benefício ambiental, uma vez que o consumo de combustível do sistema fluvial é bem menor e os barcos não exigem espaço físico exclusivo para sua circulação. Essa modalidade de transporte também pode receber confortavelmente bicicletas e pessoas com deficiência.

Outro exemplo é ilustrativo das potencialidades dos transportes ditos alternativos. Em São Bernardo, para atender comunidades localizadas em locais íngremes, com ruas pequenas, onde ônibus não chegam com facilidade, estamos estudando a possibilidade de sistema de teleférico, como o do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, que provou-se viável sob todos os pontos de vista, inclusive, ou principalmente, o da inclusão social.

Essas modalidades alternativas de transporte público, quando integradas a corredores de ônibus e metrô, inclusive em suas tarifas, podem representar economia de tempo, dinheiro e mais qualidade de vida para os moradores.

Luiz Marinho é prefeito de São Bernardo.

Palavra do Leitor

Ribeirão Pires

Ao ler neste Diário as notícias sobre a campanha eleitoral em Ribeirão Pires, reforça-me mais ainda a tese de que a política no Brasil dá enjoo, ânsia e está ultrapassada,pois dois candidatos se unem sem a mínima ideologia para prejudicar o candidato Dedé. Isso é que se chama desespero, pois a pesquisa deste Diário trouxe Dedé em primeiro lugar nas intenções de voto. E ainda é só o primeiro mês da campanha, imaginem o que vão fazer nos próximos meses e até a eleição. Um recado: a população não quer baixaria e sim propostas. Muitos estão somente causando poluição sonora e caos no trânsito com as carreatas, e com conteúdo vazio.

Ailton Gomes, Ribeirão Pires

Monotrilho

A chegada do Metrô tradicional a São Bernardo em 2025 é louvável e deverá atender principalmente a funcionários de empresas e alunos de universidades, nos bairros Taboão e Rudge Ramos. Mas chegará muito tarde, e só esse trecho de linha não resolverá o problema de trânsito. Já estamos no limite insuportável de trânsito e até lá a demanda estará muito maior. É preciso outra alternativa de médio prazo. Sugiro mais uma linha elevada de monotrilho ligando a estação de Metrô Sacomã, em São Paulo, até o Riacho Grande, em São Bernardo, pelo canteiro central da Via Anchieta, que fica congestionada frequentemente. Serão 21 quilômetros ao longo da cidade, cortando-a ao meio entre 14 bairros, cujas estações terão passarelas dando acesso para cada lado da Anchieta, interligando com ciclovias e linhas de ônibus que entram por esses bairros. Em apenas dois anos essa obra poderá ficar pronta a um custo bem menor, reduzindo drasticamente o trânsito em toda a cidade. Vai estimular o turismo no Riacho Grande, atendendo aos turistas da Olimpíada, em 2016, e elevar a receita da cidade.

Charles França, São Bernardo

Bilhões de reais

Talvez não seja do conhecimento da maioria dos brasileiros. Mas um dos acusados do julgamento do Mensalão, que está transcorrendo neste momento em nosso País, aliás tido como o mentor intelectual, o senhor José Dirceu, que na juventude era o bonzão entre as meninas, e na fase áurea do reinado do PT foi chefe do gabinete civil de Lula, amealhou aproximadamente R$ 4,5 bilhões, que estão bem guardados em paraísos fiscais. Tudo isso graças às intermediações que fazia entre o poder público, onde era o ‘rei', e empresas privadas. Somente da ‘corretagem' entre a Varig e a Gol, da família Constantino, para operar as rotas do Caribe foram US$ 500 mil. É pouco?

Fernando Martins, Santo André

É o amor

As tão esperadas defesas brilhantes e debates jurídicos patrocinados pelos advogados de defesa no julgamento da quadrilha mensaleira resumiram-se a verdadeiras declarações de amor entre alguns defensores com seus representados. É provável que, no fim de tudo, não se votem condenações nem absolvições e, já que o Supremo Tribunal Federal legalizou a união estável entre homossexuais, que se realize o primeiro casamento gay nas dependências da corte, sendo padrinhos dos nubentes os ministros da Casa.

Humberto de Luna Freire Filho, Capital

Ainda as sacolinhas!

Quando terá fim a novela das sacolinhas? A 1ª Vara Cível aceitou o recurso do Walmart para cassar a liminar da Associação SOS Consumidor. Nos Estados Unidos os mercados fornecem as sacolinhas gratuitamente e nelas vêm gravada a mensagem pedindo que o consumidor faça a reciclagem. O que se espera da Justiça de São Paulo é que se eduque as pessoas e não que se restrinja o direito do consumidor de ter seus itens embrulhados. Já se sabe que a farsa de ‘vamos tirar o planeta do sufoco' não passou de jogada de marketing dos supermercados para vender sacos de lixo. Se o consumidor novamente for desrespeitado é sinal de que os órgãos apoiadores têm muito dinheiro para financiar a decisão da Justiça. E os consumidores ainda não descobriram a força que têm para boicotar quem os desrespeita.

Izabel Avallone, Capital




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;