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Presidente de Câmara de Mauá estuda sair do PSDB
Por Fabrício Calado Moreira
Do Diário do Grande ABC
08/09/2005 | 08:01
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É oficial: se José Carlos Grecco, ex-prefeito de Mauá, presidir o PSDB da cidade, o presidente da Câmara, Carlos Alberto Polisel, deixa o diretório municipal e pode até mesmo se desfiliar da legenda. A possibilidade de saída é admitida pelo próprio Polisel, que concorre ao comando da sigla, mas se diz vítima de armação. Ele cita nominalmente o presidente da juventude tucana mauaense, Márcio Canuto, como quem teria "vendido" a legenda. Grecco prefere minimizar o impasse, dizendo que "a decisão da Executiva ainda está longe" e duvida que Polisel tenha afirmado que deixaria o ninho tucano.

"Não quero meu nome no diretório com ele (Grecco) presidente. Se precisar oficializar minha saída do diretório, farei o pedido", garante Polisel. Segundo ele, o PSDB de Mauá é muito desacreditado nacionalmente por conta do que chama de "uso irresponsável" que alguns tucanos fazem da sigla. "Na hora em que o partido não está envolvido nos escândalos de Brasília, todo mundo quer fazer parte. Antes, ninguém queria pegar por desgaste deles." As farpas do parlamentar têm data: o período em que Grecco era prefeito de Mauá.

O presidente da Juventude do PSDB na cidade nega ter enganado Polisel. Segundo Canuto, o que houve foram conversas da militância com o presidente da Câmara e com Grecco. "Fizemos pesquisa interna junto aos filiados novos e antigos, e decidimos ficar com Grecco", justifica. Ele acrescenta ainda que Polisel não pesou tanto na decisão, mas sim os apoios dele na chapa que disputa o diretório na convenção de 11 de setembro, que conta com a atual presidente do partido na cidade, Leni Walendy, e com Sérgio Walendy, marido dela e secretário de Meio Ambiente e Planejamento de Mauá.

"Não temos nada contra o Polisel, mas a Leni dificultou bastante a criação da juventude", conta Canuto. Apesar das críticas, ele diz esperar que o presidente da Câmara continue no PSDB.

Todos por um – Irmão do ex-prefeito, o vereador Edgar Grecco, também tucano, luta para reunir a sigla. "A sabedoria no momento é composição", defende. A presidente do PSDB de Mauá, Leni Walendy, nega que exista briga pelo comando do partido. "O que há são posições e idéias", avalia. Ela não fez declarações a respeito de uma possível saída do tucano do diretório ou da legenda.




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