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Construção supera 1 milhão de empregos
Por Cibele Gandolpho
Do Diário do Grande ABC
02/03/2010 | 07:00
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O Brasil encerrou 2009 com 1,11 milhão de trabalhadores na construção civil entre assalariados, autônomos, empregadores e donos de pequenos empreendimentos familiares. O conjunto de medidas do governo - como o aumento da oferta de crédito pelos bancos públicos, as isenções fiscais sobre materiais de construção e os investimentos em infraestrutura e habitação popular - foram suficientes para estimular a economia em tempos da crise global em 2009 e sustentar o nível de empregabilidade do setor.

Segundo relatório do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) divulgado ontem, em 2008 havia aproximadamente 993 mil pessoas no setor, ou 12% menos que em 2009. O estudo leva em conta seis regiões metropolitanas: São Paulo - na qual o Grande ABC está inserido -, Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife e Salvador.

Entre julho e dezembro de 2009, 103 mil pessoas foram incorporadas ao grupo de trabalhadores da construção civil, ou seja, alta de 10,2% na ocupação em relação ao primeiro semestre.

Os maiores aumentos no contingente de trabalhadores deste setor no segundo semestre de 2009, em relação ao mesmo período de 2008, foram Recife, com 34,4%, Distrito Federal (16,7%), Salvador (15,9%) e São Paulo (10,5% - com 55 mil trabalhadores contratados no período).

"A construção civil, em particular, foi um dos setores da economia que apresentaram recuperação após uma paralisia no início de 2009", afirma Jorge Gomes de Sá, economista da consultoria Lima & Sá, de Santo André. "Os lançamentos de diversos empreendimentos, incluindo o Grande ABC, somados ao aumento nas vendas, explicam a recuperação do setor e a geração de empregos", acrescenta.

RENDIMENTOS - Na contramão dos bons resultados apurados no nível de empregos na construção civil, o rendimento dos trabalhadores deste segmento recuou em quatro regiões metropolitanas - Belo Horizonte, Distrito Federal, Recife, Salvador.

A maior queda, 13,7%, foi verificada na capital mineira onde o trabalhador do setor recebeu em média R$ 739 em 2009 contra R$ 856 no ano anterior. Por outro lado, São Paulo e Porto Alegre registraram elevações nos salários de 2008 em comparação com o ano passado, já descontando a inflação.

Na Capital paulista houve incremento de 1,6% nos vencimentos - no segundo semestre de 2009, o profissional ganhou em média R$ 1.149, contra R$ 1.131 no mesmo intervalo de 2008. Na capital gaúcha, o salário médio passou de R$ 962 para R$ 1.021, alta de 6,1%.




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