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Sto.André tenta aval à criação de agentes comunitários locais

Gestão tucana abrirá 120 vagas para contratar universitários; ideia gera polêmica na Câmara

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
20/06/2021 | 00:01
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Celso Luiz/ DGABC


O governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), encaminha internamente projeto de criação de agentes comunitários, com a ideia de integrar a proposta ao plano de metas oficializado pelo tucano. De acordo com o modelo, já avançado no Paço, a gestão irá contratar 120 universitários matriculados, que terão a missão de mapear demandas em cada região do município. A matéria, embora ainda não formalizada, tem gerado polêmica, principalmente na Câmara. Parte dos vereadores encara que a atribuição descrita seja justamente uma das atividades parlamentares.

Em seu conteúdo, a proposta – tocada pela Unidade de Planejamento, gerida por José Police Neto –, que deve passar por crivo do Legislativo, autoriza processo seletivo a ser desenvolvido por instituição acadêmica andreense. As despesas com a medida impactam em quase R$ 2 milhões, envolvendo trâmite da seleção, capacitação, remuneração das bolsas auxílio e serviços administrativos da instituição.

“(As ações) Somam R$ 1,86 milhão, sendo que mais de 80% devem ser empregados exclusivamente na bolsa-auxílio”, pontuou o governo, em nota, emendando que o financiamento do projeto, “amplamente discutido e deliberado”, foi aprovado pelo CMPU (Conselho Municipal de Política Urbana) na última reunião ordinária, ocorrida no dia 10 de junho. Os recursos sairão do fundo municipal de desenvolvimento urbano, o que pode abranger verbas provenientes das outorgas da construção civil.

Os universitários atuarão como ponte de diálogo entre o poder público e moradores locais, “a fim de facilitar o processo de participação social no planejamento da cidade, além de descrever a identidade de bairros e mapeamento de lideranças”. O trabalho servirá também para o andamento do plano Santo André 500 anos.

Diante de discordâncias na casa, parlamentares solicitaram agenda com Police para esclarecimentos sobre a proposta – a presença ficou marcada para amanhã. Oposição, o vereador Ricardo Alvarez (Psol) questionou o debate da matéria neste momento de pandemia. “Não sou contra a discussão do papel da reformulação da legislação urbana e contratação dos agentes, mas considero dinheiro que poderia ser preservado ou destinado, fundamentalmente, para a saúde.” 




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