Setecidades Titulo Risco de acidente
A cada oito dias, um balão cai no polo petroquímico

Foram 19 incidentes no total, redução de 45,7% na comparação com todas as quedas ocorridas no mesmo período do ano passado, quando foram registradas 35 ocorrências como essa

Aline Melo
18/06/2021 | 05:34
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André Henriques/Dgabc


O Polo Petroquímico do Grande ABC registrou, de janeiro a maio, queda de balão a cada oito dias. Foram 19 incidentes no total, redução de 45,7% na comparação com todas as quedas ocorridas no mesmo período do ano passado, quando foram registradas 35 ocorrências como essa. Os dados foram divulgados pelo Cofip ABC (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC), por meio do PAM Capuava (Plano de Auxílio Mútuo). O levantamento indica que em 2020 inteiro foram registradas 95 quedas de balões no polo. Em 2019, houve 93 ocorrências.

Por meio do PAM Capuava, o polo monitora o céu permanentemente, fazendo a captura de balões que ofereçam riscos às instalações do complexo industrial. Quando um balão é avistado, os brigadistas acionam sistema interno de comunicação para fazer o alerta e atuam com rapidez por vias internas que interligam as indústrias. Com a ajuda de viaturas equipadas com canhões, eles conseguem acertar o balão ainda no ar.

O coordenador do PAM Capuava, Valdemar Conti, atribui o bom resultado nos primeiros cinco meses de 2021 ao trabalho de conscientização que vem sendo desenvolvido ao longo dos anos e ao aumento da fiscalização dos órgãos reguladores, que têm agido preventivamente. “Mas para que o trabalho continue sendo efetivo, surtindo efeito, precisamos da ajuda da população”, afirmou. “A informação é a melhor arma no combate à atividade baloeira”, completou.

Com o objetivo de ampliar a conscientização da população, o Cofip ABC está promovendo campanha de prevenção à soltura de balões. Painéis informativos foram instalados nas traseiras dos ônibus que circulam no Grande ABC e em São Paulo e podem ser vistos até o dia 10 de julho. “Com a pandemia não teremos as tradicionais festas juninas, mas o risco de incêndios aumenta nesta época do ano, em que o clima seco favorece o surgimento de focos de incêndio”, destacou o coordenador do PAM Capuava.
Embora os dados registrados nos primeiros cinco meses do ano sejam positivos, com queda no número de ocorrências, Conti acredita que os próximos meses vão exigir o máximo de atenção por parte das equipes que monitoram a queda dos objetos, a fim de evitar acidentes. “A tendência é aumentar (os registros), não só pelo avanço da vacinação e da retomada das atividades, como também pelo período de festas juninas e também o futebol. As partidas da Copa América, por exemplo, tendem a estimular a soltura de balões”, pontuou.

Denúncias sobre a ação de pessoas que planejam e/ou estão realizando a soltura de balões, prática considerada crime ambiental pela lei federal 9.605/98, podem ser feitas ao Disque Denúncia (181) ou à Polícia Militar (190). Fabricar, vender e transportar os artefatos também são considerados crimes e podem gerar penas que vão de um a três anos e/ou pagamento de multa.  




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