Economia Titulo Com fim da produção
Associação de concessionárias Ford quer reparo de prejuízo

Abradif alega que vendas despencaram mais de 70% em fevereiro; importados somam 1%

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
10/03/2021 | 00:11
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O mercado não reagiu bem ao anúncio do fechamento das fábricas da Ford no Brasil. As vendas da montadora com veículos novos, que chegaram a cerca de R$ 1,4 bilhão em dezembro de 2020, despencaram mais de 70% em fevereiro. É o que aponta a Abradif (Associação Brasileira de Distribuidores Ford), que cobra da montadora “proposta mais factível e que cubra o prejuízo dos revendedores”.

Os lojistas da Ford vivem impasse diante do encerramento da produção no País, no início do ano, o que tirou de circulação exemplares zero-quilômetro dos modelos Ka e Ecosport, carros-chefe da marca no Brasil. A partir de agora, a montadora vai comercializar apenas os modelos importados, que responderam por menos de 1% do mercado em fevereiro. Ao todo, a venda de unidades novas da Ford atingiu 2,36% no mês passado.

“A rede de distribuidores argumenta que a proposta é impraticável. De um lado, terá de oferecer assistência a milhões de donos de carros da marca, sendo que 500 mil deles ainda estão em período de garantia. De outro, sustentar seus negócios atuando em um mercado sete vezes menor, o de veículos importados como Ranger, Mustang e Territory”, afirma a Abradif, em nota. “Quanto mais o tempo passa, mais preocupados ficam os donos das lojas. Eles temem que tombo no faturamento seja maior nos próximos meses à medida em que se esgota o estoque de veículos nacionais e os carros vão saindo do período de garantia.”

Questionada, “a Ford informa que está em processo de negociação individual com os distribuidores da marca e essas negociações têm progredido”. Quanto às três revendedoras da marca na região, haverá reunião dia 17.
 




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