Política Titulo Santo André
Wagner minimiza Eduardo na mesa: ‘Não impede oposição’

Vereador do PT evita criticar correligionário, que compôs com base governista na casa

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
16/02/2021 | 04:57
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Vereador da bancada petista na Câmara de Santo André, Wagner Lima evitou entrar em rota de colisão com o correligionário Eduardo Leite, que compõe a mesa diretora após acordo feito com a base de sustentação do prefeito Paulo Serra (PSDB).

A postura de Eduardo rendeu críticas dentro do partido – até mesmo em outras cidades –, uma vez que, internamente, as composições feitas no primeiro mandato com Paulo Serra foram classificadas como responsáveis pelo fracasso da candidatura a prefeito do PT, liderada por Bete Siraque, e pela desidratação da força do petismo na Câmara, perdendo três cadeiras.

Para Wagner, que é estreante na casa e tem origem no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Eduardo tem apenas que prestar contas com seu eleitorado, já que, segundo o vereador, essa não é a primeira vez que o PT integra a mesa diretora da Câmara com outros vereadores de outros partidos. Eduardo é o primeiro secretário da mesa.

“Não vejo nenhum problema de o Eduardo Leite estar na mesa diretora. Ele tem o mandato e é com os eleitores ele tem que prestar contas”, declarou. Na Câmara, o PT conta apenas com os dois vereadores, mas também espera-se um alinhamento com Ricardo Alvarez (Psol), que foi vereador pelo PT em dois mandatos e que regressou à casa.
Wagner Lima também entende que a posição de Eduardo na mesa diretora não impede que o PT faça oposição à gestão de Paulo Serra, que mantém base aliada de 18 dos 21 vereadores. “Não vejo dificuldade (de fazer oposição). Tenho uma boa relação com Eduardo Leite. Não acho que esse fator dificulte nossa atuação na Câmara. Não há polêmica envolvida nessa situação.”

Na legislatura anterior, que terminou em 2018, o PT ocupava três vagas na mesa diretora. Bete era a primeira secretária, Alemão Duarte ocupava assento de segundo secretário e Luiz Alberto era o terceiro secretário. Nenhum desses parlamentares obteve êxito nas urnas. O presidente do Legislativo era o tucano Pedrinho Botaro, reconduzido ao cargo em 1º de janeiro.

Eduardo Leite tem sustentado que conversou com o partido e que não escondeu a intenção de compor a mesa diretora. Ao Diário, declarou que não se arrepende da movimentação e que se lançaria à mesa mais uma vez caso a eleição ocorresse novamente. 




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