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Casados são os mais endividados
Michele Loureiro
Especial para o Diário
16/05/2007 | 07:04
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Pesquisa divulgada terça-feira pela Telecheque, empresa de concessão de crédito no varejo, traça o 'Perfil dos Inadimplentes' no País, entre os meses de março e abril, e mostra que homens e mulheres casados estão se endividando acima de sua capacidade de compra. O estudo mostra que tal fato não se dá em função de luxo. Pelo contrário, se deve ao atendimento de necessidades básicas, como alimentação e vestuário destinados à família.

Para consolidar a pesquisa, a empresa ouviu 1.143 consumidores e constatou que 48% dos casados estão no topo do ranking dos brasileiros endividados. De acordo com o estudo, o “nome sujo” dos casados no comércio foi maior entre os consumidores com idade entre 31 e 40 anos (41%) e do sexo masculino (59%).

A pesquisa constatou também que o descontrole financeiro foi a principal causa para a inadimplência, somando 55% das justificativas. Em seguida, aparece o empréstimo do nome para terceiros (10%) e o desemprego (7%).

O levantamento constatou que as lojas de confecções foram as mais afetadas do comércio, já que 20% dos consumidores ficaram inadimplentes a partir de compras realizadas neste segmento.

Os supermercados foram um dos mais atingidos pelo endividamento dos casados, 18% deles entraram para os cadastros de restrição de crédito a partir de compras feitas no setor. O valor médio das compras girou entre R$ 100 a R$ 199 (27%) e os pagamentos parcelados foram a opção escolhida por 41% dos casados.

“Até pouco tempo os supermercados não parcelavam as compras. Mas hoje, em sua maioria, praticam o parcelamento, aumentando o incentivo para compras o que explica as dívidas maiores”, explica José Antônio Praxedes Neto, vice-presidente da Telecheque.

Depois dos casados, os jovens tiveram destaque na pesquisa, correspondendo a 40% dos inadimplentes do bimestre.

De modo geral, as mulheres responderam por 51% do total de endividados. As consumidoras com faixa de renda entre R$ 700 a R$ 1.050 somaram 22% dos consultados. As mulheres inadimplentes efetuaram 45% das compras a prazo, e gastaram entre R$ 100 a 199 (29%). A causa para o endividamento de 53% das entrevistadas foi o descontrole financeiro.

Para sair do vermelho, além de muito cálculo, deve existir um importante esforço psicológico. “É preciso controlar a ansiedade de consumo e não cair na ilusão de que é bom usufruir hoje de um bem que só se poderá pagar amanhã”, alerta o vice-presidente da Telecheque. Sobretudo deve-se evitar uma postura passiva. “O maior erro do inadimplente é achar que as coisas vão se acertar sozinhas e que a situação não pode ficar pior. Sempre fica”, diz Praxedes Neto. (Supervisão de Fernando Bortolin)




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