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Recém-nascido é abandonado dentro banheiro de terminal
Javier Contreras
Do Diário do Grande ABC
19/08/2003 | 07:21
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Um bebê recém-nascido foi abandonado dentro de um banheiro público do terminal de ônibus metropolitano de Diadema, no fim da tarde desta segunda-feira, na região central do município. O cordão umbilical da criança - branca e do sexo masculino - ainda estava ligado ao seu corpo, enrolado em um cobertor quando foi descoberto no chão do banheiro.

Ele foi encontrado por volta das 18h após usuários do terminal escutarem o choro da criança e chamarem a Guarda Municipal. “Recebemos a denúncia e fomos para lá imediatamente, quando encontramos o bebê chorando, mas em boas condições de saúde, apesar de recém-nascido e ainda com o cordão umbilical. No local, não havia sinais de sangue e nem da placenta. Havia somente um pouco de sangue ao redor do cordão da criança”, disse o guarda civil metropolitano Alexandre Pelegrino.

A primeira possibilidade é de que o parto tenha ocorrido em outro local, pois não foram encontrados líquidos do parto no banheiro. Segundo a Guarda Municipal, não foi encontrada qualquer pessoa que pudesse ter presenciado o abandono. Funcionários do terminal rodoviário também disseram não ter visto nada.

O bebê foi levado imediatamente até o Pronto-Socorro Municipal - o mais próximo do terminal - para receber os primeiros atendimentos. Ele teve o cordão umbilical cortado e, segundo os médicos, a criança possivelmente nasceu no tempo normal do parto, de nove meses. O peso também está dentro da média, entre 2,5 kg e 3 kg. Por volta das 19h30, a criança foi transferida até o hospital público da cidade e encaminhada diretamente para o berçário, onde passaria a noite.

Uma representante do Conselho Tutelar do município compareceu ao hospital e registraria no 3º Distrito Policial da cidade um boletim de ocorrência de abandono de incapaz. Segundo a conselheira Catarina de Jesus Arruda, em princípio, a criança seria deslocada nos próximos dias até um abrigo da Prefeitura. “A idéia é de que o bebê permaneça no abrigo e que o caso seja repassado ao juiz da cidade. Somente aí poderemos saber se o bebê poderá entrar no processo de adoção, apesar de sabermos que muitas vezes a mãe se arrepende após alguns dias e tenta reaver o filho”, disse.




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