O mundo dá voltas. Quem estava no poder ontem e vislumbrava voos mais altos, hoje lamenta-se com o insucesso da empreitada e tenta recuperar - literalmente - as coisas que deixou para trás.

O fato é que informações seguras dão conta de que o ex-secretário de Comunicação de São Bernardo e candidato derrotado à Prefeitura de Santo André Raimundo Salles decidiu recolher os cacos.

Por meio de assessores, está pedindo a devolução urgente de mesas "novas" que, segundo Salles, adquiriu com seu próprio dinheiro para mobiliar o setor comandado por ele durante o último mandato de William Dib (PSB).

Durante a reforma da área, em 2008, Salles comprou (e pediu notas fiscais) não só as mesas mas também duas televisões novas que já foram retiradas do setor após as eleições.

Fica outra pergunta: Como será acomodado o grande número de funcionários do setor contratado recentemente?

Bastidores

Em alta

O prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), parece mesmo ter crédito de sobra com o governo José Serra (PSDB). Após conquistar um AME (Ambulatório Médico de Especialidades) e a segunda unidade do Poupatempo na região, o petebista foi para Curitiba anteontem representar Serra em um evento. Se vai durar, só o tempo dirá.

Negociação

No retorno de Curitiba, entretanto, Aidan deve enfrentar um desafio: a negociação de reajuste salarial com os servidores públicos. A categoria marcou assembleia geral para amanhã, às 18h30, no anfiteatro do Paço Municipal. Na pauta de reivindicações está o reajuste de 20%, cujo índice foi considerado pelo prefeito como impossível de cumprir.

100 dias de Marinho

"Não houve tempo de implantar o Bilhete Único, principal bandeira da campanha eleitoral do candidato eleito? Estará faltando trabalho à nova equipe do prefeito?" O vereador oposicionista da Câmara de São Bernardo Admir Ferro (PSDB) acredita que essas questões marcam os 105 dias da gestão Luiz Marinho (PT) na cidade. Segundo o tucano, o fato de o prefeito não tocar mais no assunto, desde a posse, gera curiosidade. "Enquanto isso, trabalhadores, estudantes e a população mais carente, que depende do transporte coletivo, continua sendo penalizada com o pagamento de duas, três ou mais passagens para se deslocar. Ao mesmo tempo, os radares móveis - caça-níqueis da Prefeitura - continuam escondidos atrás de postes, muros e árvores." Na opinião do parlamentar, o balanço dos primeiros 100 dias de Marinho aponta retrocesso.

"A mudança veio para pior."(Com Redação)