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Câmaras cogitam suspensão de recesso do meio do ano

Com atividades legislativas prejudicadas devido à pandemia do novo coronavírus, parlamentos da região planejam manter trabalhos em julho

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
29/04/2020 | 00:02
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Denis Maciel/DGABC


Os Legislativos da região cogitam suspender recesso de vereadores previsto para julho para compensar a paralisação dos trabalhos devido à pandemia do novo coronavírus. A Câmara de Ribeirão Pires é a mais adiantada no assunto e já planeja formalizar adiamento devido à falta de sessões e de apreciação de matérias. O único parlamento da região a refutar a possibilidade foi Santo André, sob justificativa de que não houve suspensão dos trabalhos no período.

Presidente do Legislativo de Ribeirão, Rato Teixeira (PTB) solicitou análise junto ao setor jurídico da casa para obter posicionamento formal para poder avisar os vereadores da cidade, o que poderá ocorrer nos próximos dias. O petebista declarou ser favorável à medida – publicamente apoiada por outros colegas.

Nos outros Legislativos do Grande ABC, o debate ainda é incipiente. O presidente da Câmara de São Bernardo, Juarez Tudo Azul (PSDB), até pensou em iniciar o debate junto aos parlamentares da cidade, mas, como a Câmara mantém sessões esporádicas, ele alegou que irá aguardar o andamento das atividades na quarentena. O governador João Doria (PSDB) anunciou na semana passada que as medidas de isolamento deverão seguir até o dia 10 de maio e que, a partir do dia 11, haverá reabertura gradual de parte do comércio.

“Vamos acompanhar o que for decidido pelo governo (do Estado). No começo da quarentena até pensei na possibilidade (de suspender o recesso de meio de ano), mas, no momento, não vejo como algo tão certo assim”, declarou Tudo Azul. As sessões no Legislativo acontecem conforme a demanda – tradicionalmente, antes da pandemia, os vereadores se reuniam semanalmente às quartas-feiras pela manhã.

Presidente do Legislativo de Mauá, Vanderley Cavalcante da Silva, o Neycar (SD), declarou que o debate ainda não foi levado aos parlamentares. Ele admitiu a possibilidade, porém, quer ouvir a opinião dos demais vereadores. “Não posso ser desleal. Vou passar para eles (vereadores) e ver o que eles acham (da suspensão)”, pontuou.

Pedrinho Botaro (PSDB), presidente do Legislativo de Santo André, declarou que os trabalhos na Câmara prosseguem de maneira normal e que houve aumento na busca dos vereadores por parte dos munícipes depois do início da pandemia. “Temos um sistema informatizado e nós continuamos protocolando, neste período, nossas requisições. O que não há é o protocolo na sessão”, afirmou Botaro.

Na Câmara de Diadema, a discussão do tema também segue de modo inicial. Presidente do Legislativo, Pretinho do Água Santa (DEM) ainda não ouviu os parlamentares sobre a possibilidade de suspender o recesso. Pretinho declarou que também aguardará as orientações do governo do Estado sobre a quarentena no território paulista e não descartou retomar os trabalhos a partir do dia 11. 




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