O ministro francês das Relações Exteriores, Philippe Douste-Blazy, afirmou nesta terça-feira que os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU podem chegar a um acordo rapidamente a respeito de uma segunda resolução sobre o Irã, que estipularia sanções econômicas.

"Nossos diretores políticos se reuniram ontem (segunda-feira) em Londres e existem muitas possibilidades de que rapidamente todos cheguemos a um acordo: russos, chineses, americanos, britânicos e franceses para uma segunda resolução sobre sanções econômicas", declarou o ministro à rede de televisão LCI.

Douste-Blazy defende a adoção da segunda resolução, já que no relatório divulgado semana passada, o diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), Mohamed ElBaradei, destacou que Teerã estava longe de cumprir a resolução 1737.

O texto da ONU, aprovado em dezembro de 2006, previa sanções ao Irã se as autoridades de Teerã não suspendessem o programa de enriquecimento de urânio.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Rússia e China) mais a Alemanha se reuniram em Londres para debater a segunda resolução contra o Irã.

De acordo com fontes britânicas, o encontro foi produtivo, mas não resultou em nenhuma decisão.

Douste-Blazy também descartou um possível ataque militar americano contra alvos chaves do programa nuclear iraniano.

"Estamos negociando uma resolução sobre sanções econÔmicas", destacou, antes de descartar igualmente a possibilidade de viajar ao Irã como emissário, como foi especulado recentemente pela imprensa.