Setecidades Titulo Conscientização dos Riscos de Desastres Naturais
Alunos de Mauá vão ao Japão falar e mostrar a vida em áreas de risco

Estudantes da EE Olavo Hansen representam o País em conferência; embarque será no dia 4

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
28/08/2019 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Cinco alunos da EE (Escola Estadual) Olavo Hansen, do bairro Vila Lisboa, em Mauá, acompanhados pela professora de inglês Ana Paula Pavares, 43 anos, embarcam no dia 4 de setembro para participar de conferência internacional no Japão. O encontro faz parte de agenda relativa ao Dia Mundial de Conscientização dos Riscos de Desastres Naturais, na qual vão apresentar resultado de pesquisa realizada em áreas de risco da cidade e falar sobre como é viver nessas localidades. 

O convite surgiu por meio da Defesa Civil do Estado, que precisava encontrar uma cidade e uma escola que se encaixassem no tema para seguir com o projeto. E a escolhida foi Mauá, município com regiões com registros de graves deslizamentos de terra em época de chuvas.

Também foi preciso selecionar uma professora responsável que fosse fluente em inglês e que escolhesse os cinco alunos que a acompanhariam, também fluentes na língua. “Quando fiz minha escolha já os conhecia e sabia da boa noção que tinham para falar inglês. Há 13 anos leciono nesta escola, então, os conheço muito bem e sei de suas capacidades”, explica a professora. 

Após serem escolhidos para representar o País internacionalmente, os estudantes Samuel de Souza, 16, Renan Rodrigues, 15, João Vitor Braiz, 15, Maryllin Peres, 16, e Diego Araújo, 16, passaram por treinamento desde maio, assim como fizeram estudos de campo no Jardim Zaíra 5 e regiões do entorno, estabelecidos em áreas de risco.

O objetivo era levantar e mapear problemas dos bairros, trabalho que resultou no projeto Cuidar De Onde Moramos, Para Viver com Segurança. “Tivemos que analisar os problemas e propor planos de ações. Por exemplo, conseguimos identificar que um dos problemas que contribuem com as enchentes na região são as construções irregulares”, conta Ana Paula. 

No Japão, serão dois dias de conferência junto com outros 42 países, Samuel nunca viajou para fora do País, mas já consegue perceber o desafio que vem pela frente. “Expectativa está muito alta. Viajar para fora e representar nosso País é carregar um grande peso de responsabilidade, mas sei que será excelente oportunidade.” 

A organização da cultura japonesa cria grandes expectativas aos estudantes, que foram obrigados a custear os passaportes. Isso porque, despesas com passagens, hospedagem e transporte no país foram bancadas pelo governo japonês. 

“Quando recebi a notícia de que fui escolhida, me assustei, mas sabia que era uma oportunidade que não poderia passar. Quero dar orgulho para minha família”, conta Maryllin. 

“Quando fiquei sabendo pela professora, de cara já aceitei. Pensei que era um trabalho dentro da escola, mas logo descobri que era para ir ao Japão. Mas sei que será por uma boa causa, ajudar nossa cidade”, comenta Renan. 

Tenente da Defesa Civil do Estado, Roberta Bui destaca a chance de os jovens estudantes poderem vivenciar “experiência única” em outro País. “Acreditamos que este seja um marco na vida destes jovens, que poderão replicar os conhecimentos e experiências junto a suas famílias, sendo reconhecidos como agentes de transformação em sua comunidade.”

 

Foto: Nario Barbosa/DGABC

 




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