Esse crescimento fez com que os integrantes da comissao da Cúria Metropolitana, responsável pela romaria, fizessem um apelo ao governo e à prefeitura, para que dêem, nos próximos anos, o mesmo tratamento dispensado ao carnaval. "Há três anos que o Estado nos nega ambulâncias e a prefeitura se recusa a enviar fiscais para ordenar o comércio de ambulantes, o que é temerário pela quantidade de pessoas do evento", reclamou Raimundo Moreno, da comissao organizadora, principalmente por causa da grande quantidade de fiéis que precisaram de atendimento médico em consequência do calor.
As pessoas foram atendidas pelas ambulâncias do Hospital Santo Antonio, das Obras Sociais de Irma Dulce e algumas da prefeitura, mas ninguém teve nada de grave.
Este ano, o arcebispo Geraldo Majella Agnelo decidiu celebrar a missa antes do inicio da caminhada de oito quilômetros, entre a Igreja dos Mares e a Igreja do Bonfim. A mudança ocorreu porque as pessoas chegam exaustas até a Colina do Bonfim e se dispersavam durante a missa que encerrava o evento.
No final da romaria, Dom Geraldo deu uma bençao e junto com os padres, aspergiu água benta nos fiéis. Na festa de ontem, a Arquidiocese abriu a Igreja do Bonfim, ao contrário da Lavagem. Na festa profana, as portas do templo ficam fechados e as "baianas", todas iniciadas no Candomblé, lavam o adro e as escadarias da igreja em homenagem a Senhor do Bonfim, sincretizado como Oxalá pelo culto afro.
Três carros de som animaram a multidao durante o cortejo para o qual foram convocados os fiéis das 98 paróquias da cidade. Ao longo do percurso, em meio a cânticos sacros e rezas, os padres tomavam a confissoes das pessoas andando.
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