Política Titulo Corrida presidencial
Morno, debate foca economia e corrupção

Segundo embate entre presidenciáveis volta a registrar baixa troca de farpas; Temer vira alvo

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
18/08/2018 | 00:40
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Daniel Teixeira / Estadão Conteúdo


O segundo debate entre candidatos à Presidência da República, realizado ontem à noite, pela RedeTV!, mais uma vez teve tom morno, a exemplo do embate promovido na semana passada pela Band. Raras foram as trocas de farpas, mas um roteiro foi mantido, de rejeição à imagem do presidente Michel Temer (MDB) com fortes críticas ao desemprego de pouco mais de 13 milhões de pessoas no País.

A RedeTV! chegou a anunciar que haveria púlpito destinado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT, mas que está preso em Curitiba, condenado em segunda instância pela Lava Jato. Entretanto, a emissora decidiu retirar o espaço ao petista.

No primeiro bloco, os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Guilherme Boulos (Psol) miraram o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), do mesmo partido de Temer. Nesta etapa, os presidenciáveis respondiam a questões formuladas por telespectadores da emissora. Depois, candidato perguntava para candidato. Foi quando Boulos e Meirelles se confrontaram, com o emedebista dizendo que vai a criar empregos “para quem trabalha, não para quem invade terras alheias”. “Estou ao lado dos sem-teto, dos sem-terra, não dos sem vergonha”, disparou Boulos.

Economia e combate à corrupção seguiram na pauta dos presidenciáveis no segundo bloco. Assim como no primeiro debate, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) foi indagado sobre o número de partidos em sua coalizão, sendo que lideranças de diversas dessas siglas estão sob investigação da Lava Jato. O tucano defendeu a reforma política, com redução no número de legendas no País.

No terceiro bloco, Bolsonaro e a ex-senadora Marina Silva (Rede) protagonizaram o ponto alto do debate. “Você não sabe o que é ser mulher, ter as mesmas qualificações de um homem e ser a primeira a ser demitida”, disparou ela. Antes, quando questionado sobre o tema, o Bolsonaro havia afirmado que era necessário apenas “cumprir a Constituição” e reclamou que tentavam colocar as mulheres contra ele. Sobre as repetidas referências de Bolsonaro ao fato de ser evangélica e defender o plebiscito sobre o aborto, Marina ainda defendeu: “o Estado é laico”. A fala de Marina foi parabenizada, posteriormente, por Guilherme Boulos.

Cabo Daciolo (Patriota) mais uma vez se apegou à Bíblia para discorrer sobre suas propostas. Ciro Gomes (PDT) evitou embates e troca de farpas com os adversários, assim como Alvaro Dias (Podemos) – ambos ressaltaram os governos que fizeram no Ceará e no Paraná, respectivamente.

Ainda concorrem à Presidência João Amoêdo (Novo), José Maria Eymael (DC), João Goulart Filho (PPL) e Vera Lucia (PSTU). (com Estadão Conteúdo)




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