Um dia depois da Santa Casa de Mauá suspender o atendimento de pacientes pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o Hospital Doutor Radamés Nardini, no mesmo município, sente o reflexo. Ontem às 16h cerca de 50 pessoas aguardavam o atendimento na recepção. Havia apenas um clínico geral trabalhando. Uma recepcionista informou às 16h que os pacientes que chegaram às 14h ainda não haviam sido atendidos.

"Hoje (ontem) o movimento está pior. Vim na semana passada e não enfrentei uma fila tão grande", diz a auxiliar de serviços gerais Silvia Cristina Rodrigues, 30 anos. Ela estava com a coluna travada e esperava a consulta há mais de duas horas.

Como se não bastasse a demora, os pacientes se depararam com a falta de medicamento e material cirúrgico no hospital. A segurança Elaine Cristina Gonçalvez da Silva, 30, machucou o pé e teve de comprar gesso na farmácia em frente ao Nardini. "Uma enfermeira disse que não havia material. Isso é uma vergonha."

O secretário de Saúde Paulo Eugênio Pereira Júnior (PT) disse que até terça-feira o problema de falta de medicamentos estará resolvido. "Esta é a prioridade. Quanto a Santa Casa a diretoria informou que não tem interesse em manter o Pronto Atendimento, por isso faremos outro tipo de convênio."