Além da força da Seleção Brasileira, o México tem mais motivos para se preocupar antes do confronto de segunda-feira, às 11h. Nos últimos seis Mundiais, os mexicanos foram eliminados justamente nas oitavas de final e o trauma é tão grande que o grupo tem sido acompanhado bem de perto pelo coach e psicólogo espanhol Imanol Ibarrondo.

A imprensa mexicana avalia que o trabalho mental da equipe será crucial antes de enfrentar o Brasil. Apesar de o México ter a segunda seleção com a média de idade mais alta – 28,9 anos, atrás apenas da Costa Rica, com 29,1 – a preocupação é com os jogadores mais jovens do elenco, que podem não suportar a pressão que está acumulada nos últimos anos.

Ibarrondo não concede entrevistas, mas logo após a frustrante derrota por 3 a 0 do México para a Suécia, quarta-feira, na última rodada da primeira fase, publicou em uma rede social. “As equipes emocionalmente inteligentes se recuperam logo de uma derrota. As que não são, jamais se recuperam do sucesso.”

Entre os principais jornais mexicanos não restam dúvidas: a equipe teve azar em cruzar com o Brasil já nas oitavas de final. O receio tem explicação. O México jamais marcou gols na Seleção Brasileira nos quatro duelos disputados em Copas do Mundo – 4 a 0, em 1950; 5 a 0, em 1954; 2 a 0, em 1962; e 0 a 0, em 2014.

“O histórico marca uma clara tendência a favor da equipe brasileira sobre o Tricolor (México). Os dados são frios: México não fez um gol contra os pentacampeões mundiais”, destaca o texto do jornal Esto, que na capa publicou foto de Chicharito, com as duas mãos encobrindo o rosto, acompanhado da palavra “Brasil!”.