Enredo da Unidos de São Lucas, da Zona Leste, teve uma das 11 alas dedicada ao Diário
A Locomotiva do Samba, que tinha como protagonistas a maria fumaça e estátua de João Ramalho, abriu alas no desfile realizado ontem pela Unidos de São Lucas, em São Paulo, que homenageou Santo André e, em uma das alas, o Diário, pelo grupo 2 da Uesp (União das Escolas de Samba Paulistanas).
Com o enredo Da Vila de Paranapiacaba ao Polo Petroquímico, Santo André é Engrenagem no Samba, os 502 integrantes mostraram emoção antes, durante e depois de passar pela passarela do samba. “A nossa maior dificuldade foi para terminar as fantasias e alegorias, mas graças a Deus deu tudo certo. Agora é só lutar pelo título”, disse, com lágrimas nos olhos, a presidente da agremiação da Zona Leste, Maristela do Amaral Freitas.
A escola deu inicio ao desfile quase 22h e contou, desde o início, a trajetória andreense. Índios, fauna e flora, operários, o Clube Atlético Aramaçan, o Ramalhão, a Sabina Escola Parque do Conhecimento e o Diário foram alguns dos homenageados entre as 11 alas. O torneiro mecânico Vagner dos Santos, 46 anos, que trabalha no bairro Capuava, era um dos integrantes da ala da imprensa. “Sempre leio o Diário. Acho importante lembrar tudo o que fez história na cidade, como é o caso do Ramalhão também. Carnaval e futebol sempre andam lado a lado.” Ele desfila desde os 7 anos.
No segundo carro alegórico, o que lembrou os operários e o Polo Petroquímico, estava a secretária Keila Cristina Santos da Silva, 35, ex-funcionaria do Diário. “Sempre desfilei na Nenê de Vila Matilde. Fui, ano passado, visitar a São Lucas e me apaixonei pelo enredo.” Ela estava acompanhada das filhas gêmeas.
O segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira eram os irmãos Rafaela Boani, 18, e Pablo Italo Boani, 22, moradores de Diadema. “A escola é como uma família. Quem visita a quadra sempre se sente acolhido, quer voltar. Este desfile é feito com muito amor”, enfatizou Rafaela.
E é mesmo. Horas antes de começar, os integrantes da harmonia e diretoria se desdobravam para colocar as alas em ordem. A vontade de vencer – apenas a melhor conquista vaga no Grupo de Acesso 2 – foi nítida do início ao fim, o que empolgou o público de quase 20 mil pessoas. “Sem desmerecer aqui, mas temos de voltar para o Grupo Especial (ficaram entre 2001 e 2002), de onde nunca devíamos ter saído”, disse a coordenadora de destaques Dione Dourado. “É esperar e torcer.” A apuração será na quarta-feira, às 13h, no Anhembi.
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