Ansiedade é algo difícil de controlar no meio político, principalmente quando se aproxima o período eleitoral. Fazer com que um pré-candidato mantenha a calma e não coloque a carroça na frente dos bois é uma das tarefas mais árduas para quem é responsável pela indicação dos políticos que insistem em encabeçar chapas na disputa eleitoral do ano que vem. Em São Caetano, cabe ao prefeito, José Auricchio Júnior (PTB), controlar a angústia dos que querem sucedê-lo no comando do Palácio da Cerâmica. E essa briga interna já causou inclusive racha do lado governista, com a saída de Paulo Pinheiro para o PMDB, como candidato a prefeito. Cotado para ser o indicado de Auricchio não teve paciência para aguardar a definição do quadro. Nesse quesito, Regina Maura vem cumprindo direitinho, ao contrário do recém-petebista Gilberto Costa, que insiste em garantir a vaga. Em público, ele diz ser "soldado do partido", mas em privado afirma que será o candidato. Foi o que ele fez ontem em uma famosa floricultura de São Caetano. Para as atendentes, garantiu que disputará o Paço e já avisou sobre reuniões políticas. Deixa só esse papo chegar no gabinete do prefeito... 

Barbas de molho

Tem muita gente em Mauá comemorando a reviravolta política na cidade, provocada pela enxurrada de denúncias no setor de cobranças de impostos na administração de Leonel Damo (PMDB). Políticos já estão de olho no espólio eleitoral do ex-prefeito, que deve desistir de disputar cadeira no Legislativo, para não respingar na candidatura da filha Vanessa Damo (PMDB), que tentará o comando do Paço. Mas os mesmos que festejam podem sofrer o desgaste amanhã, já que ainda há muito a ser investigado no setor de Finanças de Mauá. Talvez bater nessa tecla durante a campanha não seja uma boa ideia para muita gente que já passeou pelos corredores da Prefeitura... 

Indecisão vermelha

Por falar nisso, o ex-vice-prefeito Márcio Chaves (PT) sairá ou não para vereador no ano que vem? Muitos correligionários, até os rivais da legenda, apostam nele como um dos líderes de votos caso entre no pleito. Se for candidato, Márcio atanderá a pedido do prefeito Oswaldo Dias (PT), que tentou levá-lo para o primeiro escalão, mas recebeu um sonoro ‘não'. O medo de Oswaldo é que, em caso de vitória, sofra com uma Câmara oposicionista. Para isso, tenta inflar sua sigla com quem, na opinião dele, teria cadeira garantida. Agora a dúvida é se Márcio vencer ele seria governista na Câmara. Não sei não...