A promotoria de Justiça da cidade de Ibiúna, interior de São Paulo, entrou nesta sexta-feira com um mandado de segurança que pede a prisão do jornalista Antônio Pimenta Neves, condenado a 19 anos, dois meses e 12 dias de prisão por ter matado a ex-namorada Sandra Gomide. Ele ganhou o direito de aguardar em liberdade o julgamento dos recursos.

O assistente de acusação Sergei Cobra Arbex também entrou com um recurso que pede para que seja reconhecida a ilegalidade da liberdade de Pimenta Neves e pede o cancelamento do recurso, segundo informações da CBN.

O promotor público Carlos Sérgio Horta Filho já entrou com dois mandados de segurança no TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, já que ele acredita que o assassino representa um risco para a sociedade. Na quarta, ele já havia protocolado uma apelação para que o jornalista ficasse detido.

O juiz Diogo Ferreira Mendes havia concedido liberdade para Pimenta Neves devido a uma ordem do STF (Superior Tribunal Federal). Mas o promotor discorda dessa decisão e acredita que esta decisão do STF só valia para antes do julgamento, afinal o crime cometido pelo jornalista foi hediondo.

Assassinato - O jornalista Antonio Pimenta Neves assumiu ter matado Sandra Gomide no dia 20 de agosto de 2000, com dois tiros: o primeiro atingiu as costas da vítima e o segundo, à queima-roupa, o ouvido da ex-namorada.

Pimenta Neves, que na época do assassinato ocupava o cargo de diretor de Redação do jornal O Estado de S.Paulo, foi denunciado pelo MP (Ministério Público) por homicídio doloso — com intenção de matar.

Condenação - O júri condenou Pimenta Neves, no dia 5 de maio, a 19 anos, dois meses e 12 dias de prisão por homicídio duplamente qualificado - motivação torpe e sem chances de defesa para a vítima. O motivo do assassinato foi o fato de Sandra não ter aceitado retomar o relacionamento com ele.