Vagner Jimenes, 40 anos, marido da transplantada Eliane Jimenes, 39, disse neste domingo ao Diário que a equipe médica que cuida da paciente informou que, se não surgir novo fígado até esta segunda, passará a ser administrada medicação para impedir processo de rejeição crônica do órgão. O fígado recebido por Eliane no início da semana passada não funciona bem, embora o quadro não possa ser caracterizado ainda de rejeição. A farmacêutica de São Bernardo causou polêmica ao conseguir liminar na Justiça que permitiu que ela pulasse 634 pessoas na fila de transplante de fígado do Estado. A Secretaria de Saúde criticou a decisão da juíza Fátima Aparecida Douverny, do 8º Ofício do Fórum de São Bernardo.

Embora continue apresentando discretas melhoras no quadro de saúde, Eliane permanece na UTI e, segundo os médicos, ela não resistiria à rejeição do órgão, visto que enfrentou diversas intercorrências desde a cirurgia, incluindo hemorragias. "Os médicos informaram que se o novo órgão não aparecer, vão começar a dar remédios imunosupressores para evitar a rejeição", explicou domingo Jimenes.

O comerciante disse que atendeu a cerca de 25 telefonemas de solidariedade neste domingo. "Pessoas do Brasil inteiro fazem contato para desejar-nos sorte. Líderes religiosos de todo o país estão fazendo orações e estou confiante que a Eliane vai se recuperar", afirmou.