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Governo rejeita fazer teste de DNA no corpo de Napoleão
Da Agência EFE
16/08/2002 | 11:58
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O Ministério francês de Defesa negou-se a efetuar uma análise de DNA no corpo enterrado nos Inválidos de Paris para comprovar se realmente é o de Napoleão Bonaparte, questão rebatida por alguns historiadores.

"As teorias que questionam a identidade do corpo enterrado nos Inválidos não têm, por enquanto, o peso suficiente", respondeu o Ministério no último dia 26 de julho ao historiador Bruno Roy-Henri, um dos principais defensores de que essa ossada não é de Napoleão, publica nesta sexta-feira, o jornal Libération.

De acordo com os partidários dessa tese, os ossos de Napoleão foram substituídos pelos de outra pessoa quando foram levados de Santa Elena para Paris, 19 anos depois de sua morte. O objetivo da "troca", garantem, foi impedir que uma possível autópsia pudesse revelar que Napoleão foi envenenado com arsênico.

Baseiam-se em "fatos confusos" detectados ao contrastar o processo verbal do enterro de Napoleão, em maio de 1821 em Santa Elena, e sua exumação em outubro de 1840.

Entre esses "fatos confusos" destacam que Napoleão tinha os dentes em mal estado, enquanto o cadáver exumado mostrava uma dentição muito branca ou que os recipientes que continham o coração e o estômago do imperador foram colocados em um canto do caixão e depois foram encontrados entre as pernas do defunto.

Os céticos consideram que os fatos registrados pelos escrivões da época não têm o rigor dos atuais e, portanto, as distorções são inevitáveis.

O presidente da Sociedade Napoleônica, Ben Weider, garante ter a prova de que Napoleão foi envenenado com arsênico, com base nos resultados de uma análise feita a partir de fios de cabelos, que diz possuir, do famoso córsico.

Os defensores da tese da troca dos restos mortais garantem que o verdadeiro corpo de Napoleão está enterrado na abadia de Westminster, na Inglaterra.

Segundo estes, os restos guardados nos Inválidos pertenceriam a seu mordomo, Jean-Batiste Cipriani, que se suicidou com arsênico depois de descobrirem que ele teve um papel na morte de Napoleão e que era agente secreto a serviço dos ingleses.




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