Política Titulo Dom Pedro Cipolini
Bispo pede a prefeitos da região fim da corrupção

Diocese de Santo André realizou ontem missa com seis dos sete chefes dos Paços do Grande ABC

Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
09/02/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Bispo da Diocese de Santo André, dom Pedro Carlos Cipolini pediu ontem colaboração dos prefeitos do Grande ABC para que “a corrupção seja extirpada”. A fala ocorreu durante a missa celebrada em homenagem aos governos que se iniciaram em janeiro, na Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro de Santo André.

Dos sete chefes dos Executivos, apenas o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), não compareceu à cerimônia – foi representado pelo vereador Adelto Cachorrão (PTdoB). O evento foi marcado pelo Consórcio Intermunicipal. “Não existe instituição perfeita; os integrantes são falhos, a Diocese de Santo André pode errar, outras religiões podem errar, ONGs podem errar. Vossos governos poderão errar tentando fazer o bem. Mas que o erro, nem da Igreja, nem do governo, nem de nenhuma instituição seja o erro da corrupção, tanto moral quanto financeira. Esse é um mal a ser extirpado”, discursou dom Pedro.

Além dos prefeitos Paulo Serra (PSDB, Santo André), Orlando Morando (PSDB, São Bernardo), José Auricchio Júnior (PSDB, São Caetano), Lauro Michels (PV, Diadema), Adler Kiko Teixeira (PSB, Ribeirão Pires) e Gabriel Maranhão (PSDB, Rio Grande da Serra), a igreja lotou de vereadores e secretários municipais.

Dom Pedro dedicou seu sermão inteiro para fazer alusão a erros cometidos por governantes e citou falas do papa Francisco, em que pede humildade para que agentes públicos ouçam o seu povo. “Quem governa está sujeito ao erro e, errando, pode escolher continuar no erro ou recuar. A humildade consiste em saber ouvir as pessoas, os colaboradores, os munícipes, os especialistas e refletir. A sabedoria, por sua vez, é, tendo ouvido, perceber quando e onde avançar ou recuar. Nisto tudo o diálogo é importante”, falou o responsável pela Igreja Católica no Grande ABC.

No fim da celebração, os seis prefeitos, acompanhados dos presidentes das Câmaras, plantaram mudas de cambuci num canteiro central da Praça do Carmo. Cada cidade foi representada por uma árvore.

“Por coincidência todos os sete prefeitos são católicos, mas entendo que é um evento que unifica a fé, a religião e, acima de tudo, de orar em um momento difícil que atravessam o Brasil e o Grande ABC, com tanto desemprego. Estamos vendo também uma onda de violência País à fora. A Igreja sempre cumpriu papel importante como transformação”, salientou Morando, que preside o Consórcio Intermunicipal, ao emendar que a Diocese não exigiu contrapartidas nem fez pleitos aos gestores. 




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