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Conselheiros do Corinthians pedem a demissão de Lopes
Por Das Agências
13/02/2006 | 07:57
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Perder para o Santos com apenas dez jogadores era tudo o que não poderia acontecer com Antônio Lopes. O Corinthians embarca mais do que pressionado para a Colômbia para enfrentar o Deportivo Cali quarta-feira, na estréia do clube na Copa Libertadores da América. O time completou quatro derrotas em nove partidas pelo Campeonato Paulista em 2006 e conselheiros influentes ligados ao presidente Alberto Dualib querem de qualquer maneira a saída imediata do técnico.

Antes mesmo de o jogo começar no estádio do Morumbi, a diretoria tratava de tentar amenizar a pressão de inúmeros conselheiros que desejam a saída do treinador. “Eu sei que muita gente quer o Lopes fora, e anda dizendo que o Kia não gosta dele, mas é mentira. Posso jurar isso. Estou todos os dias com o Kia. Se ele não gostasse mesmo, já teria outro técnico trabalhando no Corinthians. Kia paga e manda no futebol. O nosso treinador é e será Antônio Lopes. Tem gente querendo desestabilizar a nossa equipe mas não vai conseguir”, disse o ex-vice-presidente de Futebol, Andrés Sanches.

No entanto, Sanches ficou muito irritado quando precisou responder por que o Corinthians contratou um meia e um lateral-esquerdo, quando o time, na verdade, está precisando de um zagueiro. “Não vou xingar porque sou bem educado. O problema é que está mais fácil contratar um atacante consagrado do que um bom zagueiro. O Dínamo, por exemplo, pediu nada menos que US$ 10 milhões pelo Rodrigo, que jogou seis meses no São Paulo. Eles também pediram 7 milhões de euros pelo Fábio Luciano, que está jogando na Turquia. Não adianta nada. A MSI (Media Sports Investiments) vai pelo negócio, pelo poder de revenda. Só compra o que pode revender com lucro”, analisou o dirigente corintiano.

A pressão pela saída do técnico, porém, é tão grande, que o próprio Kia teve de procurar Lopes para tranqüilizá-lo antes do clássico. Domingo, o treinador não quis nem saber das dores que Betão sentia no tornozelo direito. E também o pedido de Roger para não jogar. “Não tem isso. Não tem isso. Os dois têm de jogar”, disse irritado o técnico.

Os jogadores também tentaram amenizar o clima no Parque São Jorge. “Não tem de culpar ninguém pela derrota. O Corinthians teve cinco chances de gols claras diante do Fábio Costa. O Santos teve apenas uma chance e fez o gol. Está tudo tranqüilo”, disse o argentino Carlitos Tevez, cumprindo seu papel de capitão da equipe. “Foi uma pena. Foi a partida que eu e o Marinho jogamos melhor. Perdemos sem merecer. Foi péssimo. Mas vamos manter a calma”, completou o zagueiro Betão.



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