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Cremesp divulga relatório sobre mortos em confronto com a polícia
Da Agência Brasil
01/09/2006 | 20:18
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O Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) divulgou nesta sexta-feira que, dos 493 suspeitos mortos em confrontos com a polícia durante a primeira onda de ataques em SP atribuída à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), 431 (87,42%) foram atingidos por disparos a longa distância.  

Além disso, o relatório concluiu que 51 mortes foram por disparos a curta distância e outras 11 por disparos encostados ao corpo.

Os dados foram entregues ao Ministério Público Estadual, ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública estadual, que analisam os laudos necroscópicos de mortes associadas a ferimentos por armas de fogo no período de 12 a 20 de maio. Eles devem ajudar a avaliar se houve abuso policial no confronto contra supostos participantes dos ataques que ocorreram por todo o Estado paulista no mês de maio.

O documento ainda aponta que 96,3% dos mortos (475 casos) eram do sexo masculino e apenas 18 do feminino. A maioria era jovem, com idade entre 21 e 31 anos (45% dos casos). A análise também constatou que 2.359 tiros foram disparados contra as 493 vítimas.

Os ferimentos, ainda de acordo com o relatório, ocorreram principalmente no tórax (719 disparos ou 30,48%), seguidos por ferimentos na cabeça e pescoço (649 disparos ou 27,51%), nos membros superiores (391 disparos ou 16,57%), no abdome (341 disparos ou 14,45%) e nos membros inferiores (233 disparos ou 9,87%). São consideradas áreas vitais o crânio, o tórax e o abdome.




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