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Grupos islâmicos divergem sobre atentados no Sinai
Da AFP
10/10/2004 | 10:42
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Dois grupos islâmicos egípcios adotaram posições opostas sobre os atentados do Sinai, no Egito: enquanto a Jamaa Islamya os qualificou de "errôneos", a Irmandade Muçulmana responsabilizou os serviços secretos israelenses.

São ações "praticadas num mau momento e no local que não se devia", destacou a Jamaa Islamya num comunidado publicado no domingo.

Esta organização radical praticou ações armadas sangrentas nos anos 90 contra o governo, como o massacre de turistas, a maioria suíços, em Luxor (Alto Egito), em 1997.

"Se os atentados queriam vingar os mártires da Intifada palestina e eram uma reação à arrogância de (o primeiro-ministro israelense, Ariel) Sharon, os consideramos carentes de qualquer sentido político e sem fundamento religioso", acrescentou o comunicado.

Por sua vez, a Irmandade Muçulmana acusou os serviços de inteligência israelenses de estar por trás dos atentados do Sinai e a Ariel Sharon de ser o beneficiário.

Os atentados buscaram "desviar a atenção dos abjetos crimes cometidos há dez dias pelas forças sionistas, que mataram mais de cem palestinos: mulheres, crianças e idosos" em Gaza, afirmaram.

O chefe do gabinete israelense encarregado da luta antiterrorista, Danny Arditi, disse "estar quase certo de que se trata de uma ação praticada por terroristas ligados à Al Qaeda, que utilizaram apoio e cumplicidades locais (no Egito) ou palestinas”.

O porta-voz da Presidência egípcia, Magued Abdel Fattah, disse que Israel acusou "muito rápido" a Al Qaeda da autoria dos atentados, praticados na quinta-feira no Sinai e que causaram a morte de pelo menos 34 pessoas.




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