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Em Diadema, Lauro perde apoio de PR e PSC para Vaguinho

Legendas anunciam saída da base aliada reclamando de falta de prestígio e migram para projeto do PRB; verde minimiza: ‘Cartas marcadas, já esperava’

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
15/07/2016 | 07:00
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Divulgação


Prestes a formalizar seu arco de aliados para disputa à reeleição ao Paço de Diadema, o prefeito Lauro Michels (PV) perdeu ontem o apoio do PR e do PSC, que anunciaram adesão à pré-candidatura do vereador Vaguinho do Conselho (PRB). O anúncio foi feito na Câmara, sob a justificativa de falta de prestígio e espaço no governo do verde.

“Saímos (do Paço) porque há muito tempo percebemos muitas coisas erradas. Não tem projeto para cidade e nem político”, atacou Luiz Paulo Salgado, presidente do PR de Diadema. Líder do PSC, Teodózio revelou que o partido chega ao projeto do PRB com condições de indicar o posto de vice, destacando o nome da presidente licenciada da subsecção da OAB de Diadema, Marilza Nagasawa (PSC). Ela vai brigar pela indicação do segundo posto com a vereadora Cida Ferreira (PMDB). “Busquei fazer o melhor, mas existe muitas coisas fora de lugar no governo.”

A captação dos aliados foi comemorada por Vaguinho. “Foi de maneira saudável toda essa união, apenas pela viabilidade de um projeto melhor do que este (do Lauro) para a cidade.”

Já Lauro minimizou as baixas, mas atacou postura de Teodózio, que confirmou saída do projeto após entregar comando da Secretaria de Segurança Alimentar, chefiada por ele desde dezembro. “Já esperava (saídas). A minha consciência está limpa e durmo tranquilo. Quem fez uma vez, faz de novo. E o Teodózio é carta marcada. Só quis usar o governo”, criticou.

A parceria das legendas com o governo Lauro se deu de maneira diferenciada. Com os sociais-cristãos, a união foi selada ainda no processo eleitoral de 2012. Ficou acertado que a coligação da sigla com o PHS dividiria o comando da Secretaria da Cultura, o que não ocorreu. Com o PR, a adesão foi acertada no primeiro ano de gestão. Na ocasião, Lauro alçou o então presidente municipal da legenda, José Carlos Gonçalves, hoje no PPS, e ganhou o apoio das quatro cadeiras republicanas no Legislativo. No ano passado, o PR sofreu intervenção e passou a ser representado por um vereador, Luiz Paulo Salgado, que reclamou da falta de prestígio na administração.


REPERCUSSÃO
Anunciado internamente anteontem por Lauro como seu vice na eleição de outubro, o vereador Márcio da Farmácia (PV) admitiu que deve indicar nome para herdar seu espólio político na Câmara. “Vou pedir essa possibilidade para o partido. Ainda estou pensando quem será essa pessoa”, disse.

Presidente do PSDB local, o vereador e ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos evitou polemizar. “Desde o começo falei que a nossa prioridade é a reeleição do Lauro e que essa escolha tinha de partir dele”.

O tucanato garantiu a coligação proporcional para o pleito com PV e PCdoB. Ficaram acertadas seis candidaturas do PSDB, duas do PCdoB e 24 vagas aos verdes.




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