Os curtas-metragens brasileiros ganham um espaço precioso para exibição, a internet. A qualidade da imagem não é a mesma que a de uma tela de cinema, mas a abrangência é infinitamente superior. O site Porta-Curtas Petrobras será lançado nesta segunda no MIS (Museu da Imagem e do Som), em São Paulo, em evento para convidados, dentro do 13º Festival Internacional de Curtas. Os acessos estarão disponíveis a partir desta terça.

O site www.portacurtas.com.br é um projeto da distribuidora carioca Synapse. Segundo a editora executiva, Gabriela Dias, a vantagem será a “democratização do curta. As produções irão para todo o Brasil e o mundo, além disso será importante para a recuperação de acervo. Por exemplo: se alguém quer ver o Ilha das Flores, como faz?”.

Ilha das Flores, filme de 1989 de Jorge Furtado, foi o mais votado pela comissão de jornalistas, estudiosos e produtores reunida pelo site. Os profissionais selecionaram os dez melhores curtas já produzidos no país. Entre eles: Dov’è Meneghetti? (1989), de Beto Brant; Meow (1981), de Marcos Magalhães; e Viver a Vida (1991), de Tata Amaral.

Esses dez, além de outros 14, formam a lista que estréia na terça. O contrato com a Petrobras permite o pagamento dos direitos autorais e tem validade de um ano. Nesse período, a intenção é colocar no ar 100 filmes e chegar à marca de 1 milhão de exibições. “Toda semana haverá estréias de curtas, que não sairão de cartaz conforme outros entram”, afirma Gabriela. No Brasil, cerca de 200 curtas-metragens são produzidos por ano.

Os idealizadores do site também prometem disponibilizar um banco de dados com informações sobre filmes, diretores, elenco e até mesmo os diálogos. A tecnologia utilizada será a streaming media, que permite a transmissão de sinais de áudio e vídeo pela rede, para que usuários de modem e de banda larga possam ter acesso. “O país tem mais de 14 milhões de usuários da internet só nas residências”, diz Gabriela.

No Rio, o novo site Porta-Curtas será lançado em 9 de setembro no Cine Odeon.