O primeiro-ministro Keizo Obuchi anunciou a nova e espetacular medida na abertura de uma nova sessao da Dieta (câmara baixa). Este segundo plano econômico do ano será debatido em meados de novembro do Parlamento.

``A economia nao saiu da grave situaçao em que se encontra, embora esteja se recuperando suavemente', estimou o chefe do governo.

Os indicadores difundidos nesta sexta-feira parecem dar-lhe razao. Por um lado, o índice de desemprego voltou a cair em setembro, até 4,6%, depois de ter-se situado em 4,7% em agosto, mas por outra parte o consumo continuam sob mínimos, com uma queda de 8,7% interanual, depois de ter baixado 1,1% em agosto.

``O meio ambiente (do mercado de trabalho) está melhorando', mas a situaçao geral da economia ainda é má, disse o diretor geral da Agência de Planejamento Econômico (APE), Taichi Sakaiya, adiantando: ``nao podemos ser ainda otimistas'. Entretanto, alguns analistas relativizaram a queda do desemprego.

``O índice diminuiu, mas em parte é a causa do maior recurso ao trabalho em tempo parcial', assinalou Koichi Ono, analista do Daiwa Research Institute, para quem ``é muito cedo para dizer que oi pior já passou'.

A multiplicaçao das reestruturaçoes e supressoes de empregos (reduçao de 21 mil empregos na Nissan, 20 mil na NTT, cerca de 10 mil na Mitsubishi e 1 mil na companhia aérea JAS) contribui fortemente para deter as despesas domésticas, segundo os economistas.