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São Paulo perde do Strongest

Time joga mal e deixa o campo vaiado na
estreia pela fase de grupos da Copa Libertadores

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
18/02/2016 | 07:00
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Rubens Chiri/saopaulofc.net


Em inglês, The Strongest significa o mais forte. Ontem à noite, no Pacaembu, a equipe boliviana de nome importado pode não ter demonstrado tanta força diante do São Paulo, na estreia dos clubes no Grupo A da Copa Libertadores da América. Mas os visitantes foram mais voluntariosos e acabaram premiados com a vitória por 1 a 0.

O resultado causou protesto intenso da torcida a partir dos minutos finais do confronto. Os são-paulinos cobraram vontade, pediram respeito, chamaram o time de “amarelão” e criticaram jogadores como Centurión e Michel Bastos. Já o zagueiro Lucão, vilão do clássico contra o Corinthians, ganhou apoio dos tricolores.

Com o meio de campo composto por cinco homens e Alan Kardec escalado mais à frente, o São Paulo tentou sufocar o The Strongest desde o começo. E foi na base da pressão que logo no primeiro minuto o atacante quase se aproveitou de falha da defesa para abrir o placar.

Com a proposta de explorar os erros são-paulinos, o time boliviano tinha Pablo Escobar como maestro, mas quem criou a melhor chance dos visitantes no primeiro tempo foi Ramallo, que acertou a trave.

A defesa tricolor trocava passes, rodava a bola, mas por vezes se atrapalhava, gerando a ira da torcida. Lá na frente demorou para a equipe engrenar, mas quando deu certo criou boas chances. Porém, foi aí que o goleiro Vaca apareceu para intervir em cabeçada de Lucão e chutes de Ganso e Centurión.

Com mais posse de bola, o São Paulo dominava as ações na segunda etapa. Mas o The Strongest não estava morto e aos 17, em jogada ensaiada, Chumacero recebeu em profundidade e cruzou para Alonso cabecear e abrir o placar.

A partir daí, com o Tricolor em desvantagem no placar, a ansiedade passou a pesar. E o chute para fora de Rogério, aos 41, cara a cara com Vaca, foi a maior prova disso.

Lamentações e desculpas de um lado; música e festa do outro

Os vestiários do Pacaembu tiveram climas opostos após a vitória do The Strongest sobre o São Paulo por 1 a 0, ontem à noite. Enquanto do lado brasileiro os jogadores tricolores se esquivaram e sobrou para Calleri e o técnico Bauza darem justificativas para o revés, os bolivianos celebraram com música latina a primeira vitória fora de casa na Libertadores desde 1982.

“O time não fez boa partida. Não teve qualidade para tomar boas decisões. Criou poucas chances. Aí esteve nosso maior erro: a falta de qualidade para finalizar”, disse o treinador.

“Fizemos história”, destacou o meia Pablo Escobar, ex-Santo André e ídolo do Strongest. “É só o começo da competição, foi um primeiro passo importante e, se ganharmos os três jogos em La Paz, temos chance de nos classificar”, projetou.




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