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Placas indicativas, avenida de paralelepípedos
Ademir Medici
13/02/2016 | 07:00
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Passado o Carnaval, volta maciça à escola. Hoje e nas reminiscências do nosso colaborador, Vanderlei Retondo. Outro dia ele falou da escola fundamental, na Vila Assunção. Hoje uma passagem pelo antigo Pentágono, na Avenida Dom Pedro II. Sempre em Santo André. Um casarão que a cidade não soube ou não quis preservar. Hoje seria uma joia valiosa.

Chamamos a atenção para a foto do casarão. Vejam as placas indicativas. No Grande ABC, tudo passava pelo bairro Jardim.

O carimbo do professor de Inglês

Vanderlei Retondo

Início da década de 1970.

Assim que terminei meu curso ginasial, fui incentivado pela família a cursar Química Industrial em escola situada em um antigo casarão na Avenida Dom Pedro II que abrigava a Escola de Química Industrial do ABC, depois Instituto Pentágono de Ensino.

A época era do milagre econômico. A indústria petroquímica dava seus primeiros passos no País e nossa região foi escolhida para ser a pioneira nesse setor que, evidentemente, carecia de mão de obra especializada.

Nossa recepção no primeiro dia de aulas foi realizada por veteranos através do tradicional trote. Eles nos cortaram o cabelo, jogaram ovos e nos pintaram com azul de metileno. Cheguei em casa azul, precisando de vários banhos para remover tudo aquilo.

O corpo docente era composto por profissionais altamente capacitados. Ainda lembro do Alger (Física), Luiz Antonio (Matemática), Jurandir Teixeira (Bioquímica), engenheiro Castro (Físico-Química), Waldomiro e Manelão (Laboratório). Sr. Amadeu e o Sr. Gomes eram os diretores.

Figura à parte era nosso professor de Inglês, carinhosamente apelidado de Urubu.

Ele sempre carregava consigo um carimbo com a seguinte frase: “Em inglês, o adjetivo é invariável e precede o substantivo”, que carimbava em nossas provas, cadernos, braços e testas. Nunca mais esqueci isso.

O casarão era maravilhoso! Com sua fachada branca, janelas azuis e jardim impecavelmente cuidado. Em sua enorme varanda, alunos podiam estudar ou simplesmente conversar.

Nos fundos, existia uma quadra de onde nossa equipe sagrou-se campeã algumas vezes.

Infelizmente para o já combalido patrimônio histórico de nossa cidade, o antigo casarão não esta mais lá. Foi demolido para que em seu lugar fosse construído um restaurante de fast-food, existindo agora apenas na memória de alguns saudosistas.

Em 13 de fevereiro de...

1916 – Mariano Pamplona, presidente da Companhia Melhoramentos de São Caetano, visita Santo André.

- A guerra. Do noticiário do Estadão: ‘A França e a Itália reúnem todos os seus esforços para garantia da vitória’.

1938 – Fundada, oficialmente, a Associação Comercial e Industrial de Santo André.

1971 – Instalado o Museu Histórico e Pedagógico Antonio Raposo Tavares, de São Bernardo. Seu primeiro diretor, professor Jorge Rahme, preocupou-se em filmar a solenidade e todo o acervo inicial.

Diário há 30 anos

Quinta-feira, 13 de fevereiro de 1986 – ano 28, nº 6057

Manchete – Igreja lança a Campanha da Fraternidade

Cinema – Filme especial sobre o Cometa Halley, no estilo de ficção científica, será rodado nos estúdios do Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo, com 35 cenários, 60 atores e 640 figurantes.

- Película se destina ao público infantil e a previsão de lançamento é o fim do ano.

- Produtor: Odorico Mendes.

- Realização: empresa MFL.

Hoje

Dia Mundial da Rádio. A data foi escolhida pois, neste dia, a United Nations Radio emitiu pela primeira vez, em 1946, um programa em simultâneo para um grupo de seis países. A data foi declarada em 2011 pela Unesco e o primeiro Dia Mundial da Rádio foi celebrado em 2012.

Santos do Dia

- Santa Catarina de Ricci (Itália, 1522 – 1590). Religiosa dominicana. Escritora. Recomendava o domínio de si, a luta e a mortificação dos sentidos para se abrir a graça da alegria e paz.

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza

- Benigno

- Estêvão de Rieti

- Ermelinda

Nas Ondas do Rádio

Viagem no Tempo. Internet: www.viagemnotempo.net. Produção e apresentação: Marcelo Duarte.

Vinte e quatro horas por dia no ar, com programas especiais aos fins de semana:

Rádio Vitrola, sábados, 22h, com reprise aos domingos, 7h.

Clássicos sertanejos, domingos, 6h.

Momento Jovem Guarda – domingos, 10h, com reprise às 22h.

Ao som de um bolero – domingos, 11h
Rádio ABC (1570). Causas Nobres. Ao vivo, no estúdio, a presença do padre Edmar Antonio de Jesus, da Paróquia Santa Luzia e São Carlos Borromeu, da Vila Príncipe de Gales, em Santo André. Produção e apresentação: Antonio Dalto, no dia do seu aniversário. Hoje, às 10h.

Bandeirantes AM (840) e FM (90,9). Memória. Rádio Emoção. Assim o jornalista Milton Parron – produtor e apresentador, coordenador do Cedom (o Centro de Documentação e Memória da Band) – denomina a audição de hoje. É ele quem explica:

- Reunimos programas de rádio dos anos 1950, 1960 e 1970 direcionados para o emocional dos ouvintes. Tanto quanto as radionovelas, esses programas também faziam verter lágrimas e se diferenciavam das novelas pelo fato de que as estórias tinham um só capítulo e eram condensadas em espaços de tempo muito curtos, às vezes com duração de apenas dez minutos. Porém, eram garantia de sucesso tanto de público quanto publicitário, até porque era um Brasil com outras carências, menos corrupção, menos insegurança, menos carestia com que se preocupar, ou seja, o povo tinha tempo e disposição para ouvir esse tipo de programação radiofônica.

- O ouvinte, de então, era um espectador, e, hoje é um personagem. Foram selecionadas crônicas radiofonizadas na Bandeirantes, Nacional do Rio, Mayrink Veiga e Record apresentadas por Fiori Gigliotti, Muibo César Cury, Nhô Zé, Nascim Filho, Rolando Boldrin. n Algumas delas foram escritas pelo genial Giuseppe Ghiaroni. Entre os programas selecionados, estão o Brasil Caboclo, Cantinho da Saudade, Crônica da Cidade, Quando Fala o Coração e Crepúsculo Romântico.

Hoje, às 23h, com reprise amanhã, às 5h. 




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