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São Caetano divulga locais dos radares e promete ser tolerante
Gabriel Batista
Do Diário do Grande ABC
10/01/2006 | 08:10
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A fiscalização eletrônica que passa a operar no trânsito de São Caetano na próxima segunda-feira vai se concentrar nas avenidas Goiás, Guido Aliberti e dos Estados. De acordo com a Prefeitura, sete radares serão espalhados por essas três vias. No total, o município terá dois radares fixos de velocidade, um móvel e outros dez para flagrar avanços sob semáforo fechado. Para escolher os locais dos aparelhos, a administração municipal estudou os pontos com maior incidência de acidentes e atropelamentos. Os radares fixos de velocidade foram instalados na avenida Guido Aliberti, perto do cruzamento com a avenida Bartolomeu Bueno da Silva, no Jardim São Caetano; e na avenida Presidente Kennedy com a rua Ivaí, no bairro Santa Maria.

O radar móvel (estático) “ficará 90% do tempo”, segundo a Prefeitura, no trecho da avenida dos Estados localizado no bairro Prosperidade.

Os dez semáforos equipados com fiscalização eletrônica ficam na avenida Goiás com a rua Votorantim, Goiás com rua Oswaldo Cruz, Goiás com rua Senador Roberto Simonsen, rua Alegre com rua Piratininga, Alegre com rua Maceió, rua São Paulo com avenida Doutor Augusto de Toledo, a-venida Guido Aliberti com rua São Paulo, Guido Aliberti com avenida Goiás, avenida dos Estados com rua Mariano Pamplona e dos Estados com rua Conde Francisco Matarazzo.

A Prefeitura afirma ainda que colocará em operação em meados de fevereiro uma lombada eletrônica na frente da Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) José Corona, no cruzamento da rua Mogi Guaçu com avenida Tijucussu, bairro Olímpico. Antes disso, aguarda uma inspeção da Eletropaulo no local para checar se não há problemas com a rede elétrica. A velocidade permitida na frente da escola José Corona é de até 40 Km/h.

Os radares vão operar dia e noite. A velocidade máxima permitida na avenida Presidente Kennedy, onde funcionará um radar fixo, é de 50 Km/h. A Kennedy tem áreas de cooper freqüentada por idosos, ponto de lazer localizado no meio das duas pistas da avenida. Na Guido Aliberti, o máximo é de 60 Km/h.

O diretor municipal de Transportes e Vias Públicas, Geová Maria Faria, diz que, a princípio, haverá uma margem de tolerância de 10 Km/h acima do permitido. “Não queremos multar pessoas que estejam a 52 Km/h na Kennedy e a 61 Km/h na Guido, por isso vamos aplicar multa mínima a partir dos 60 Km/h na Kennedy e dos 70 Km/h na Guido Aliberti. Se essa tática não baixar os índices de acidentes, aí sim podemos multar quem exceder um pouco a velocidade permitida. Mas os acidentes em São Caetano ocorrem a mais de 80 Km/h”, afirmou o diretor.

Portanto, o motorista que passar dos 60 Km/h na avenida Kennedy ou os 70 Km/h na Guido Aliberti deverá ser autuado em R$ 127,69 e perder cinco pontos (multa grave) na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Se ultrapassar em 20% a margem aceita pelos radares, vai arcar com sete pontos na carteira e R$ 574,61. A multa de avanço ao sinal vermelho é gravíssima (sete pontos) e custa R$ 191,54 – de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro.

A administração municipal garante que o radar móvel, que deve circular em vários pontos da avenida dos Estados, será acompanhado de dois guardas para não pegar o motorista de surpresa. Todos os aparelhos eletrônicos são alugados. A Prefeitura não informou nesta segunda o valor do aluguel.

Índices – Geová Faria, o secretário municipal, disse que o interesse da administração não é aumentar a receita proveniente das multas. De acordo com a Diretoria de Transportes e Vias Públicas, administrada por Geová, ocorreram 885 acidentes com vítimas em São Caetano no ano de 2005. Cerca de três por dia. Também houve 286 atropelamentos – 24 por mês. Os números assumem outra dimensão quando se sabe que a cidade tem um dos menores territórios do Brasil – 15 Km².

Mais de 80% dos acidentes graves, segundo o levantamento, são causados por excesso de velocidade. De forma geral, ocorreram 1.590 acidentes no município em 2005, entre graves e leves. Cerca de 30% desse total foi provocado por avanço ao sinal vermelho. A atual administração não tem dados sobre trânsito anteriores a 2005, ano em que assumiu a Prefeitura.

Geová diz que a Prefeitura vai acompanhar diariamente o desempenho dos radares e que, se forem suficientes para baixar os índices de acidentes, a cidade não vai precisar de novos aparatos de fiscalização eletrônica. Ele faz estudos, porém, para colocar um radar móvel na avenida Goiás.

No Grande ABC, utilizam hoje fiscalização eletrônica as cidades de Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá. Em Santo André, o equipamento passou a operar em 1997 e, de acordo com a Prefeitura, baixou o número de vítimas fatais de 93 (ano 1997) para 58 (ano 2003).




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