Setecidades Titulo Jardim Alvorada
Mato alto em terreno gera transtornos

Moradores do Jardim Alvorada reclamam de insetos; donos divergem sobre responsabilidade

Natália Scarabotto
Especial para o Diário
18/01/2016 | 07:00
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Anderson Silva/DGABC


Mato alto em terreno atrás do Condomínio Residencial Itacuruça, no Jardim Alvorada, em Santo André, incomoda moradores há três anos. Mosquitos, ratos, aranhas e até cobras invadem os imóveis, segundo vizinhos, gerando preocupação. O problema não é resolvido porque duas empresas e a Prefeitura divergem sobre a posse do terreno.

Possíveis focos da dengue preocupam a cuidadora Neusa Batista, 65 anos. No ano passado, o marido e o filho tiveram a doença. “Acredito que o mosquito veio dali porque há água parada.”

A vegetação, com cerca de cinco metros de altura, pegou fogo na semana retrasada e apavorou os moradores. “Tem torres de energia, é perigoso”, diz a síndica do prédio, Suelandia Mendes de Lima, 49.

A síndica busca solução para o problema desde março. Entrou em contato com a AES Eletropaulo, que enviou funcionários para analisar a situação. “Vieram aqui com mapa e tiraram foto. Falaram que não pertencia a eles. Mandaram carta dizendo que é da CTTEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista).”

Ainda de acordo com Suelandia, não há indícios de que a CTTEP tenha visitado a área. O contato foi via telefone e responsabilizaram a AES Eletropaulo.

Neusa também procurou a concessionária de energia, que atribuiu o problema à Prefeitura, que negou. “Falei com a corregedoria e eles disseram que não é deles. Que é da (AES) Eletropaulo, mas que fariam limpeza até dezembro.”

Nada aconteceu. A situação desgasta os moradores. “Fica aquele empurra-empurra e ninguém resolve”, reclamou a professora Elisabete Augustinho, 57.

O Diário entrou em contato com as partes pedindo esclarecimento. A Prefeitura afirma que o local é de responsabilidade da AES Eletropaulo. Entretanto, a área entre a calçada e a linha de transmissão pertence à administração, local não urbanizado onde a roçagem é feita periodicamente e está no cronograma para execução nos próximos dias.

Já a AES Eletropaulo informa que, no terreno em questão, há ativos imobiliários da empresa e de outra companhia. Afirmaram que será realizada uma vistoria em conjunto para verificar o caso.

A CTEEP diz que apenas parte do terreno que não tem mato alto é de sua responsabilidade. Mesmo assim, nesta semana será realizada vistoria para confirmar a informação. 




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