Mais de 60 mil pessoas passaram pelo velório do ex-ditador chileno Augusto Pinochet, em um comparecimento em massa que obrigou as autoridades a manter abertas as portas da Escola Militar até a madrugada desta terça-feira.
"Os cálculos indicam que assistiram entre 60 mil a 70 mil pessoas", disse o chefe de polícia, Jorge Rojas. Ele disse que a entrada das pessoas aconteceu sem maiores incidentes e que durante a noite apenas um manifestante foi detido, por incitação à desordem.
Alguns meios de comunicação informaram que uma das pessoas que entrou na Escola Militar cuspiu sobre o caixão.
Longas filas, que aumentaram ao fim do horário de trabalho, se formaram durante todo o dia nas imediações da
academia militar, situada em um exclusivo bairro de Santiago. Os milhares de chilenos foram submetidos apenas a um detector de metais e registraram seus nomes em um livro de visitas.
O velório do ex-ditador teve quatro cerimônias fúnebres na segunda-feira, a primeira delas oficiada pelo arcebispo de Santiago, Francisco Javier Errázuriz. O funeral de Pinochet acontecerá nesta terça-feira na Escola Militar, sem honras de Estado e sob o estrito protocolo militar.
O ex-ditador faleceu no domingo aos 91 anos no Hospital Militar de Santiago, onde havia sido internado uma semana antes depois de ter sofrido um infarto grave do miocárdio e um edema pulmonar agudo.