O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), acompanhou ontem, em Mauá, a incineração de 2,5 toneladas de drogas. O entorpecente foi apreendido pelo Denarc (Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico) em operação realizada em Santa Isabel, no dia 17 de julho.

Em um forno industrial localizado no bairro Sertãozinho foram destruídos 1,6 tonelada de cocaína e mais 757 kg de pasta base, quantidade com a qual poderiam ser produzidas aproximadamente sete toneladas de pó. Também foram para o fogo 250 litros de éter – substância usada para o preparo e mais 30 micro-ondas, utilizados para apressar a secagem do produto.

Para desbaratar a quadrilha, que trazia a droga do Paraguai e Bolívia, foram necessários quatro meses de investigação. “Esta é a maior apreensão de todo o Estado e do País”, destacou o governador. A quadrilha está presa. Foi descoberto o laboratório entre Santa Isabel e Jacareí e está em curso o confisco da terra, da mansão e dos carros que eram utilizados pelos traficantes. Tenho certeza que essa medida vai salvar muitas vidas”, declarou Alckmin.

Nos primeiros sete meses de 2015 a polícia já apreendeu 55,2 toneladas de drogas no Estado. O total é 71,43% maior que no mesmo período de 2014, quando 32,2 toneladas de entorpecentes foram retiradas das ruas. “A melhor maneira de combater o crime é cortar o fluxo de dinheiro. Esta apreensão tem valor calculado de quase R$ 40 milhões. Com isso, consegue-se atrair menos pessoas para o crime, o que dificulta o tráfico de armas e salva vidas”, afirmou o governador.

O secretário de Segurança Pública Alexandre Moraes, que também acompanhou a destruição das drogas, detalhou a operação que resultou na apreensão do material que ontem foi queimado. “Foram quatro meses de investigação, que acompanhou a entrada da pasta base da cocaína no País e no Estado. Rastreamos e esperamos o laboratório ter uma grande quantidade, além do cabeça da quadrilha (Weliton Xavier dos Santos, o Capuava)</CF>. A ação foi feita sem morte ou feridos”, afirmou.

METRÔ NO ABC

O governador revelou que nos próximos dias realizará reunião com os prefeitos de Santo André, Carlos Grana (PT), de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), e de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), para discutir questões relativas às desapropriações para a construção da Linha 18 (Tamanduateí-Djalma Dutra) do Metrô, que ligará a Capital ao Grande ABC.

Alckmin novamente queixou-se da morosidade para a obtenção de verbas federais destinadas à obra. Ele espera a liberação por parte do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) de R$ 400 bilhões. “Nós estamos com a PPP (Parceria Público Privada) licitada e contratada. Lamentavelmente desde o ano passado esperamos que o financiamento seja liberado. Tendo a aprovação, damos a ordem de serviço imediato”, concluiu.