Ao ser interrogado na delegacia de Bayonne, na França, o suposto máximo dirigente da ETA negou ter participado da "compra dos mísseis, bem como de seu armazenamento" em dois esconderijos, em Urrugne e Briscous, destacou o ABC, citando fontes da luta antiterrorista.

Segundo estas fontes, Iriarte acusou "dirigentes do aparelho logístico" da ETA e garantiu que as armas e explosivos já estavam ali quando ele foi para Salies de Bearn, na França, onde foi detido.

Mikel "Antza" disse desconhecer o "funcionamento" dos mísseis, nem os "alvos contra os quais seriam dirigidos" e que não deu instruções a ninguém para utilizá-los.

O suposto dirigente da ETA foi detido no domingo passado em Salies de Bearn junto com sua namorada, Soledad Iparragirre, aliás "Anboto". Os dois foram indiciados na sexta-feira, em Paris, por "direção e organização de associação de malfeitores terroristas".

Dois mísseis terra-ar de fabricação russa, comprados nos últimos cinco anos, segundo o ministério espanhol do Interior, foram encontrados em esconderijos da ETA na França durante uma grande operação antiterror, que decapitou a organização separatista.