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Rússia considera morte de líder checheno 'um sucesso'
Das Agências
25/06/2001 | 13:47
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O Kremlin classificou nesta segunda-feira como um "grande sucesso" a morte de Arbi Barayev, o primeiro líder rebelde importante da Chechênia a ser exterminado desde que as operações militares russas começaram há mais 20 meses.

A morte de Barayev, acusado de numerosos seqüestros, foi confirmada pela facção radical dos separatistas a qual pertencia.

"A parte chechena confirma oficialmente que o comandante de um destacamento especial checheno Arbi Barayev se converteu em mártir", anunciou nesta segunda-feira o site da facção radical dos separatistas.

A morte de Arbi Barayev, 28 anos, numa operação de rastreamento das forças russas teria sido anunciada desde o domingo à noite pelos serviços de segurança russos (FSB).

"Trata-se de um grande sucesso. Era um dos rebeldes mais cruéis e será difícil substituí-lo", declarou o conselheiro do Kremlin para a Chechênia, Serguei Iastrjembski.

Arbi Barayev era acusado pelos russos de ter seqüestrado três britânicos e um neozeolandês, que foram achados decapitados em 1998.

Forças do Ministério do Interior e da Defesa buscavam pelo chefe dos rebeldes desde terça-feira passada.

A operação foi iniciada pelos russos depois de três atentados com carros-bombas em Gudermes (Leste) na terça-feira passada, que deixaram três mortos e 30 feridos. Moscou atribuiu a autoria dos atentados a Barayev.

Além de Barayev, pelo menos 17 de seus homens foram mortos durante o confronto com as forças federais, que também registraram uma baixa e seis feridos, segundo o Kremlin.

A facção de Barayev, que se declarava wahabista (muçulmana radical), chegou a agrupar 300 homens, segundo o general russo Vladimir Moltenskoi. Vários outros líderes rebeldes importantes continuam fora do alcance dos russos, como Chamil Basayev e o comandante de origem árabe Jattab, assim como o presidente separatista Aslan Masjadov, cuja legitimidade não é reconhecida desde o início da operação terrestre de 1º de outubro de 1999.

Alguns chechenos consideravam Barayev um agente russo, pois este conseguia ir regularmente à vizinha Inguchia, apesar dos controles, e voltar sem problemas a Alján Kala, na zona sob controle russo.




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