A baixa procura por cursos da FSA (Fundação Santo André) resultou em reuniões para discutir o futuro das graduações ofertadas pela instituição. Em enconros mediados por integrantes da reitoria e Consun (Conselho Universitário), a decisão sobre fechamento de grades já foi adiada duas vezes. Prevista para segunda-feira, a definição agora foi empurrada para sexta-feira.

Embora a FSA negue a possibilidade de fechar cursos, a equipe do Diário recebeu, de professores, informativo que afirma que a graduação de ciências contábeis está descartada para este ano, “pois os números (de alunos matriculados) estão muito longe do necessário (para abertura de turma).” Já nos demais cursos, a reitoria vai aguardar retorno dos contatos que estão sendo feitos com estudantes.

Embora as aulas comecem semana que vem, o vestibular foi prorrogado até o dia 11 de março, enquanto as matrículas poderão ser feitas até o dia 15. Aos veteranos, a instituição deu prazo até o fim deste mês para rematrículas. Dessa forma, a reitoria espera alcançar maior número de alunos.

Conforme publicado pelo Diário no dia 5, somente 7% dos novos postos disponibilizados para o ano letivo foram preenchidos. Posteriormente, a equipe de reportagem teve acesso a documento que atualizava o número de vagas ofertadas, de 6.090 para 6.160, com 467 alunos matriculados até anteontem – 29 a mais do que semana passada.

Segundo os professores, o número de estudantes rematriculados ainda gira em torno de 863. A reitoria, por sua vez, afirma que os registros de pedidos de transferência para outras universidades estão dentro do padrão histórico – em torno de 10% .

Em documento enviado por meio da assessoria de imprensa, a reitoria afirmou que “o processo de abertura de turmas está em andamento”, mas justifica que existem “diversos cursos confirmados”, como de engenharias, direito, psicologia, administração e tecnologia. Questionada sobre fechamento de graduações, garantiu que “não irá fechar nenhum curso”.

REUNIÃO 
Na segunda-feira, docentes da FSA participaram de reunião com integrantes da Prefeitura, no Paço. Entre os assuntos, a comissão que realiza sindicância que apura os contratos de trabalho da universidade, a omissão do reitor Francisco José Santos Milreu em provar sua aprovação em concurso público para atuar como docente, PRI (Plano de Recuperação Institucional) apresentado ao MP (Ministério Público), desligamento de 35 docentes por e-mail no fim do ano, passivo trabalhista , dívidas e a destituição da reitoria.