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Donisete Braga promete apoio ao Grêmio Mauaense
Por Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
23/02/2015 | 07:00
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Durante o fim da década de 1990 e parte dos anos 2000, o Grande ABC assistiu aos crescimentos de São Caetano, Santo André e São Bernardo no futebol profissional, com títulos históricos, finais inéditas e muita badalação. Tais situações foram vividas a partir de parcerias entre os times e as prefeituras, que, de alguma maneira – não exatamente financeira – ajudaram a alavancar Azulão, Ramalhão e Tigre. E é com esta memória que o prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), espera fazer o Grêmio Mauaense forte para alçar voos mais altos.

O chefe do Paço de Mauá, no entanto, deixa bastante claro que existem duas questões que influenciam diretamente nisso: o fato de a Prefeitura não colocar nem um centavo sequer na Locomotiva e o foco voltado para a várzea do município, que é bastante forte e, segundo Donisete, a maior da América Latina, com quase 400 clubes. Desta maneira, a atuação do poder público seria mais voltado à intermediação de parcerias com empresas para o Grêmio.

“Estamos trabalhando para que também possa estruturar o Grêmio Mauaense. O que depender da Prefeitura para sentar e ser mediadora na relação entre Grêmio e empresas da região, assim faremos”, disse o prefeito, que se apega à história do futebol regional como base. “Tenho conversado um pouco com Luiz Fernando (presidente do São Bernardo), Celso (Santo André) e Nairo (São Caetano). E se a gente for levar em consideração a nossa realidade, o São Caetano era nossa referência na era Tortorello. Depois tivemos processo interessante com o Santo André, quando disputou e foi campeão da Copa do Brasil. Agora, a referência é o São Bernardo. O Luiz Fernando conseguiu maturar um cronograma sem a Prefeitura, que apenas cedeu o estádio, mas conseguiu fazer parcerias para viabilizar o time”, comparou.

O investimento financeiro é, de acordo com o prefeito, um ponto muito relevante no futebol e, por isso, bate na tecla da estruturação da Locomotiva. “Se é caro para os grandes, imagine para os times das cidades que ainda têm processos embrionários. Não que isso signifique que vamos virar as costas para o Grêmio Mauaense. Muito pelo contrário. No que a gente puder estruturar, como fizemos no ano passado e participamos da articulação, vamos contribuir. Esperamos que a gente possa fazer bom planejamento para que o Mauaense possa ascender as séries e um dia tê-lo em um patamar de disputar o Paulistão.”

Em 2014, na disputa da Segunda Divisão do Paulista (equivalente à Quarta), o Grêmio Mauaense chegou até a terceira fase, a dois passos do acesso. E o prefeito demonstrou ter acompanhado de perto o desempenho. “Tivemos problema quando perdemos nosso goleiro que estava emprestado pelo São Bernardo (Nunes), o que acabou desestruturando nosso time”, afirmou Donisete Braga.

PEDRO BENEDETTI

O prefeito mauaense ainda falou sobre o estádio municipal, o qual a Locomotiva tem concessão de uso. Disse que necessita de algumas reformas, e revelou planos para ampliar o local para 30 mil torcedores, desde que sejam realizadas algumas mudanças no entorno do Pedro Benedetti.

“Temos problema estrutural do gramado, que é muito antigo e precisa ser todo modernizado, mas a estrutura física do estádio é boa e, se um dia sair dali o Batalhão (da Polícia Militar), poderíamos fazer todo um anel no estádio, com capacidade para 30 mil torcedores. Mas isso é um projeto a médio e longo prazos. Ali se está perto do Rodoanel, da Baixada Santista, do aeroporto (de Guarulhos). Mas infelizmente, hoje, a Prefeitura não tem condição de disponibilizar recurso público para o Grêmio Mauaense”, assumiu.

VÁRZEA

Com um futebol amador bastante forte, Donisete Braga disse que os planos para a várzea são prioritários ao governo. “Pensamos primeiro em reestruturar nossa várzea com as reformas de dez campos. E vamos fazer o primeiro campo sintético de Mauá, que é o do Primavera”, concluiu o prefeito.




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