Economia Titulo Combustível
Preço do álcool varia até 44%

Diferente do álcool, gasolina tem os preços semelhantes na maioria dos postos das sete cidades do Grande ABC

Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
30/07/2009 | 07:00
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A diferença entre os preços de combustíveis no Grande ABC pode chegar aos 44%. É o que mostra o levantamento de preços divulgado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Os números coletados entre os dias 19 e 25 de julho apontam um valor médio do litro do álcool e da gasolina discretamente abaixo da média estadual. Enquanto no Estado de São Paulo a média de preço da gasolina é de R$ 2,349/litro, no Grande ABC esse custo cai para R$ 2,332/litro. Já no caso do álcool, a diferença é ainda menor, com R$ 1,216/litro na média estadual contra R$ 1,208/litro na media regional.

No entanto, as diferenças entre os postos mais caros e mais baratos é mais gritante, trazendo grandes disparidades dentro do mesmo município.

Em Santo André, um posto localizado à Avenida Atlântica, na Vila Val Paraíso, vende o litro de álcool mais caro da região, a R$ 1,499. O posto mais barato, por sua vez, consegue vender o litro do mesmo produto a R$ 1,039, na rua Coronel Fernando Prestes, no Centro da cidade.

Já no caso da gasolina, as diferenças são menores. Enquanto o mesmo posto da Vila Val Paraíso vende o litro de gasolina a R$ 2,499, os postos mais baratos, localizados nos bairros Eldorado e Piraporinha em Diadema.

Para José Antônio Gonzalez Garcia, presidente do Regran (Regran Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Grande ABC) e dono de dois postos de gasolina na região, tal diferença só é possível dentro de algum tipo de contravenção. "Quem trabalha com gasolina a menos de R$ 2,39 e álcool a menos de R$ 1,39 ou está sonegando impostos ou adulterando o combustível", afirma. "Quem trabalha com esse preço, ou está fraudando ou vai fechar. Não há posto que se sustente."

Segundo ele, somente os custos de manutenção e pagamento de pessoal já consomem boa parte dos R$ 0,35 margem bruta aplicados nos preços. Embora todos os postos sejam listados pela ANP, Gonzalez garante que nem todos os postos são fiscalizados pela agência. "Não é porque está no levantamento da ANP que o combustível é bom."

Uma alternativa aos postos que praticam preços baixos nos combustíveis fica na venda de outros produtos, que podem ajudar a compensar a rentabilidade perdida com o preço baixo dos combustíveis. Óleos, filtros, aditivos e acessórios geralmente têm preços inchados nos postos justamente com esse objetivo.

O mesmo não se pode dizer das lojas de conveniência que, via de regra, segundo o presidente do Regran, tem o giro muito baixo e geram gastos vultosos com pagamento de pessoal e infraestrutura. "A rentabilidade das lojas de conveniência é bem baixa. O que mais vende é cigarro. A venda desses produtos, ou dos produtos para o automóvel, nunca compensariam a diferença do preço do combustível", defende.




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