Economia Titulo Alta de 1,1%
Cresce arrecadação nacional por cidade
Por Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
20/02/2009 | 07:00
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Apesar da crise financeira que abalou as bases da economia nacional no final do ano passado, o crescimento econômico sustentado até meados de outubro proporcionou um aumento de 1,1% no valor arrecadado em tributos nos municípios do País. A constatação vem da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), que apontou um total de recursos arrecadados pelos governos federal, estaduais e municipais além de R$ 1 trilhão.

Esse resultado já avançou para R$ 1,090 trilhões em 2008. Os municípios responderam por apenas 3,4% desse montante, no entanto, o aumento na arrecadação por cidade já é de 150% desde 2002. O cálculo, que inclui todos os tributos recolhidos compulsoriamente da sociedade e das empresas, incluindo royalties, taxas e cobranças e judiciais, aumentou mesmo sem a cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Wlliam Pesinato, diretor-titular da regional de São Caetano do Ciesp (Centro das Indústrias de São Paulo), afirma que o aumento não pesou no bolso dos industriais. "Para ser franco, não sentimos o aumento. Hoje o que mais dificulta o desenvolvimento das indústrias é a altíssima taxa de juros sobre o crédito", reclama.

O empresário não sentiu aumento no volume recolhido pelos Estados e também não viu a abertura de novas empresas. "Depois de setembro, eu vi algumas fechando as portas, não empresas novas surgindo. Estávamos em ritmo de crescimento, mas não tanto."

Para Sidnei Muneratti, presidente eleito da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), apesar da carga tributária excessiva "o aumento no valor arrecadado não fez diferença", pois se deve ao aumento no faturamento das empresas nos primeiros nove meses do ano, antes da crise.

"As alíquotas não mudaram, quem mudou foi o resultado das empresas que vinham em um ritmo de crescimento muito importante", afirma. "Tivemos um ano especialmente empreendedor e otimista."

Apesar de preferir não fazer prognósticos precoces, Muneratti afirma que a tendência é de que a arrecadação se mantenha semelhante à de 2008, uma vez que a previsão é de retomada da produção a partir do segundo semestre desse ano.




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