Política Titulo Verba de representação
Em S.Bernardo, Tião Mateus retoma supersalários

Presidente da Câmara autoriza pagamento de bônus a três servidores; custo imediato é de R$ 170 mil

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
29/08/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


O presidente da Câmara de São Bernardo, Tião Mateus (PT), reinstituiu verba de representação para três servidores públicos da Casa, dois concursados e um comissionado, elevando vencimento desses funcionários para R$ 14.127,45. A medida foi publicada no Diário Oficial do município, com data retroativa a 6 de agosto de 2013 e causará, de imediato, necessidade de gasto de R$ 169,5 mil para cobrir as despesas.

O secretário-geral do Legislativo, Roberto Carlos de Almeida, e os assessores jurídicos William de Andrade Dornas e Magali Paiva estão na lista de beneficiados pelo petista. Todos tinham salário de R$ 9.418,30 desde fevereiro de 2013, quando o petista optou por extinguir jetons em contracheques de servidores, principalmente porque alguns recebiam quantia similar ao holerite do prefeito Luiz Marinho (PT). Havia supersalário de R$ 21.021,60.

À ocasião, Tião foi pressionado por funcionários e vereadores após divulgação da lista de servidores agraciados com adicionais às remunerações – o cancelamento de 16 jetons foi anunciado com pompas pelo mandatário da Casa. Depois da publicação da portaria autorizando bônus para o secretário-geral e dois assessores jurídicos (ambos ficam na mesa diretora), o chefe do Legislativo novamente está na parede, já que comissionados não condecorados também exigem extensão da verba.

Já há, nos corredores da Câmara, descontentamento com a decisão de Tião porque o petista tem segurado a publicação de edital para realização de concurso público no Parlamento.

Diretores da Casa defendem a contratação por dispensa de licitação da Vunesp (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista) para aplicação das provas para preenchimento de 21 vagas concursadas, porém o presidente exige licitação para admissão de empresa especializada no serviço. Como a legislação federal limita contratação de servidores públicos em período eleitoral, o deficit no Legislativo permanece.

Procurado pela equipe do Diário, Tião não retornou aos contatos por telefone. 




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